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Um resumo para conhecimento: RFID é uma tecnologia, digamos revolucionária, que transmite dados e identifica objetos ou pessoas através de um número de série (que pode ser tipo códigos de barra, leitores ópticos, tecnologia biométrica, etc) transmitidos via ondas de rádio. E está sendo empregada no projeto que estou envolvida, o GMS - Global Monitoring System, o qual busca implementar um sistema de monitoramento da qualidade do serviço de correios do mundo todo, isto é, em países que têm seu sistema postal regido pelo órgão da ONU, a UPU - União Postal Universal (no momento são 191 países membros).
Então, bom, em resumo, o projeto utiliza cartas teste que são providas com uma etiqueta de RFID, isto é, um microchip, que quando passa por antenas e leitores instalados em estações chaves em aeroportos e unidades de correios, são detectadas, lidas e gravadas no sistema GMS STAR (Global Monitoring System STatistical system for Analysis and Reports), uma aplicação desenvolvida no PTC - Setor Tecnológico Postal da UPU, e os dados são resgatados para verificação e comparação dos registros com os padrões e regras definidos e determinados por cada país para, enfim, ter entradas para determinar a qualidade do serviço. Por exemplo, se você manda uma encomenda do Brasil para o Qatar, na África, este item tem que passar por várias unidades de correios intermediárias até chegar no seu destino final. E cada país que trabalha para que este item chegue inteiro e a tempo determinado que depende das suas especificações (prioridade, registrado, etc), precisa ter sua parte de trabalho efetuada, reconhecida e cumprida conforme as regras. E o dinheiro que você paga precisa ser distribuído uniformemente conforme essas regras e especificações a cada país que trabalhou neste intermédio também. Além disso, feriados, fuso horário, particularidades e restrições das mais variadas entre os correios dos países envolvidos precisam ser levados em consideração e não devem afetar o serviço. Portanto, é um processo longo, complexo, de muitas variáveis, que além de tudo tem de superar barreiras entre diferenças multi-culturais, idiomas, pois são várias pessoas de vários países trabalhando, e exige regras que simplesmente não podem deixar de ser cumpridas para conseguir atingir o resultado esperado com qualidade. E é na área desta qualidade onde eu gasto meus neurônios encontrando erros no sistema, no processo, nos cálculos, encontrando soluções e pontos de melhoria, juntamente com os desenvolvedores do sistema.
O projeto está em fase piloto em 21 países no momento e começará a funcionar pra valer a partir de 1 de janeiro de 2010, com muitas funcionalidades a serem ainda implementadas no próximo ano. O trabalho está apenas começando.Marcadores: trabalho, vida na suíça