Château Fort de Lourdes

Resolvi voltar ao fundo branco do blog. Sei que gasta mais energia do seu monitor, mas meu blog não é o google que você acessa tantas vezes assim por dia pra fazer tanta diferença na sua conta de luz, ne? Além do mais, o outro ficou muito psicodélico. Enfim. Continuando os posts sobre Lourdes, o segundo dia foi muito legal. O tempo deu uma melhorada e nós fomos conhecer o Château Fort, ou o Castelo Fortaleza. Achei que Lourdes só tivesse ponto turístico relacionado a Bernadette e à aparição de Nossa Senhora, mas não. Este castelo é relacionado a história da cidade.



Depois do Santuário que falei no post passado, esse castelo é o ponto mais visitado de Lourdes. Durante os séculos XI e XII, o castelo foi residência do Conde de Bigorra, e entre os séculos XIV e XIX passou por muitas extensões e reformas. Já foi um quartel, uma prisão e em 1921 o museu dos Pirineus foi inaugurado. O castelo é dividido em áreas de percurso. Subindo com o elevador, chegamos incialmente à Praça de Armas, que é a praça central onde tem a alcáçova de onde iniciamos o itinerário.


Eu não vou contar cada um dos 24 pontos que visitamos lá senão o post fica muito comprido. Mas vou tentar contar um pouquinho dos mais interessantes. Começamos visitando a "Cozinha Bearnesa", onde há a representação de peças de uma casa rica rural pirenaica, que eu achei muito interessante. Esse armário aí da foto abaixo, por exemplo, é datado de 1769. A data está gravada no topo dos dois pombinhos bem no topo do armário, que seria a data de casamento do casal dono da casa.





Peças de cozinha, sala de jantar onde se reuniam familiares em volta da fogueira para cozinhar um "gâteau à la broche", que é uma espécie de pastel caseiro feito em casa muito lentamente deitando camadas de maçã à medida que o bolo (ou pastel, como quiser) ia cozinhando na fogueira.



Adoro visitar museus que representam o passado assim.
Continuamos o passeio e visitamos outras partes do castelo como vinificação, cisterna, o quarto da Bigorra, o jardim botânico, a capela, etc.



Mas lá de cima, e eu não sei dizer a quantos metros estávamos, mesmo com tempo nublado, conseguíamos ter uma visão magnífica da cidade.



Outra coisa que também me chamou muito a atenção no castelo foi o museu dos Pirineus. O maior destaque do museu vai sem dúvida para Henry Russell, o maior pioneiro na exploração dos Pirineus, desde 1861. No museu, há jornais e livros da época com relatos e poemas feitos pelo explorador sobre sua devoção a essas montanhas. Ninguém conhece ou conheceu mais os Pirineus que esse cara.


Eu tenho mais umas 60 fotos só desse castelo e dos outros pontos que visitamos. Mas o essencial é isso aí. Nota 10 pro Château Fort. Não tínhamos nem intenção de conhecer tanto sobre ele nem a história que ele abrange: Pirineus, Henry Russell, história de Lourdes. Esta é a magia de viajar! Conhecer com nossos próprios olhos, nunca mais se esquece.

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