Zermatt

Depois de encher a barriga de pão de queijo e ir pra balada, acordar no dia seguinte tendo dormido só duas horinhas, pegar o trem e ir a Zermatt... ...não foi sacrifício nenhum!!!



Zermatt é uma cidadezinha suíça rodeada de montanhas de mais de 4000 metros de altura. Conhecida pelos seus resorts e, é claro, por estar no pé de um dos alpes mais famosos daqui, o Matterhorn, que são aqueles que aparecem na embalagem do chocolate Toblerone. O Matterhorn tem quase 4500 metros de altura, mas não é a maior montanha daqui. Fica entre a fronteira da Suíça com a Itália e com a marca registrada no chocolate, tornou-se um dos símbolos mais conhecidos da Suíça. Em Italiano, chama-se Cervino, e em Português, quer dizer pico do prado (matter = prado, horn = pico). Os alpes têm vários picos e é possível subir de teleférico até alguns deles, assim como em Gstaad. A má notícia pra quem tá na expectativa aqui de ver os alpes, decepcione-se comigo.. é que o dia estava nublado e não conseguimos subir, ou pior, não conseguimos sequer VER o Matterhorn lá de Zermatt, de tanta nuvem que tinha ao redor. Vendo pelo lado bom, será a desculpa pra voltar lá. Sendo assim, ficamos só pela cidade, que já foi uma experiência e tanto.




A cidade é pequena e fica a duas horas de trem de Berna. Zermatt fica a 1600 metros de altitude comparado ao nível do mar (que mar, ne?), e é accessível de trem indo de Brig, Visp ou Täsch. Então tivemos que fazer uma troca de trem em Visp.


Aliás, vale um parênteses aqui. O trem Visp-Zermatt é um quase panorâmico e no caminho, dá pra ir começando a sentir a beleza da paisagem que vai gradativamente ficando mais e mais bela e alpina.


É verdade também que quanto mais se sobe, mais frio fica, então tive que tirar do fundo do armário as roupas de inverno e ir preparada pra encarar os 3 graus que fazia por lá. E foi até bom, porque por aqui de qualquer maneira também já tá começando a esfriar. A propósito, eu tenho a ligeira impressão que este inverno começará mais cedo e será longo, pois já começou a nevar de verdade em tudo quanto é montanha por aqui... Ai, ai.



Mas voltando a Zermatt... É um dos destinos mais famosos e conhecidos de turistas no inverno que vão esquiar ou andar de snowboard. Aliás, os alpes recebem praticantes de esporte de inverno o ano inteiro, já que lá em cima tem neve sempre, mas obviamente tem mais no inverno. E como todo destino turístico, principalmente suíço, as coisas por lá são bem carinhas. Souvenir e artigos em lojas custam os olhos da cara. Já a comida achei o preço normal para padrões suíços.


Em dias de temperaturas baixas, as típicas comidinhas suíças são literalmente um prato cheio pra se defender do frio. E depois de um dia gastando energia na neve, engana-se quem acha que não cansa e não sua. Um prato de Rösti ou um fondue ou uma raclette com queijo suíço são uma ótima pedida. No nosso caso, optamos por uma pizza no Molino, que já comentei aqui neste blog em ser um dos meus restaurantes favoritos, e pra minha sorte (ou azar?), tem na Suíça inteira.



Até o meio do século XIX, Zermatt era uma cidadezinha predominantemente agrícola. Logo foi descoberta por exploradores britânicos glaciais de montanhas, rapidamente passou a ser centro das atenções de turistas e hoje é o que é. Fica no cantão de Valais, onde o francês e o alemão são os idiomas mais falados, mas lá, fala-se mais o alemão. Lá também existe o museu alpino que documenta a história das montanhas da região e dá foco a Edward Whymper, que liderou a primeira subida ao Matterhorn em 1865.



O dia então passou com a gente andando pelas principais ruazinhas da cidade, admirando as montanhas mais baixas e visíveis, mesmo com as nuvens. A bela paisagem na caminhada ao longo do rio e as tradicionais e históricas casinhas suicinhas, umas datadas de até do século XVI, de madeira, marcaram nosso passeio como mais um inesquecível e imperdível destino a conhecer neste país dos alpes.




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