As pontes de Budapeste

Budapeste foi fundada em 1873 como resultado da unificação de três cidades: Buda e Óbuda, na margem oeste do rio Danúbio, e Peste, na margem leste. Buda foi sede do governo desde 1247. A ponte Chain Bridge (ou Ponte das Correntes, ou Széchenyi lánchid), de 1849, foi a primeira ponte permanente construída sobre o Danúbio que facilitou a rápida passagem de Buda a Peste e vice-versa. É a ponte mais antiga e mais charmosa da cidade.


Depois desta, outras pontes foram construídas sobre o Danúbio para ligar outros pontos de Buda a Peste e vice-versa, como a Elizabeth Bridge, ou Erzsébet híd, de onde se tem uma vista magnífica tanto de Buda como de Peste.



Atravessando a Elizabeth Bridge vindo de Peste e chegando em Buda, demos de cara com a Gellért Hill, uma área numa colina com um monumento do bispo Gellért que teria sido torturado neste local em 1406 por um grupo contrário à introdução do cristianismo. Do alto dessa montanha, tem-se uma vista linda da cidade, mas pra chegar lá é muito degrau, fomos só até a metade.


Partindo da Gellért Hill e caminhando sul ao longo da margem do rio Danúbio, que foi o que fizemos, chegamos a Citadella, que é uma espécie de forte construída pelos Habsburgos, pois era um ponto estratégio na cidade. Hoje é apenas uma área de lazer e no topo da montanha tem o monumento da liberdade. De novo fomos só até a metade, mas sem saber que faltava pouco pra chegar no topo e voltamos.


Vindo da Elizabeth Bridge e dando de cara com a Citadella, pode-se virar a direita e subir as ladeiras e degraus no parque pra chegar lá no alto, ou ir a esquerda e dar de cara com mais uma ponte, a Szabadság híd, a verdinha, que eu não consegui achar o nome em Inglês.


É um pouco mais afastada, ao sul, já ligando a área onde fica a Citadella, em Buda, ao lado de Peste. Em Peste não se tem tanta coisa pra ver como Buda. Quer dizer, ter tem, mas Buda é o centrão mais histórico, o antigão que atrai os turistas, onde tem a Citadella, o Museu Histórico de Budapeste, a Galeria Nacional, Igrejas, o Castle District, o Palácio Real, que comentei no post passado. É lindíssimo o lado de Buda...


Já em Peste, é onde fica a maior parte das lojas, o comércio, hotéis, restaurantes, as lojas carérrimas e medianas e muito capitalismo pra quebrar de vez qualquer resquício do comunismo que uma vez habitou ali.


No fim do século XVII, tudo que havia em Peste estava em ruínas e a cidade estava quase desabitada. Aos poucos, novos bairros residenciais apareceram além das muralhas medievais, e uma parte da população voltou a morar por lá. Mas uma enchente em 1838 destruiu quase tudo de novo e um programa de reconstrução reergueu a maioria do que se vê em Peste hoje. Em Peste, está o Museu Nacional Húngaro, a Ópera (linda de morrer! foto abaixo) e o Parlamento (fotos abaixo da foto da Ópera), como principais pontos turísticos a se ver. Não visitamos o museu. Quando chegamos à Ópera, já estava anoitecendo e prestes a iniciar um concerto que não havia mais ingresso. Mas conseguimos ir até ao Parlamento, que é o maior edifício da Hungria, com 268m de comprimento, e se vê de quase todo lugar a margem do Danúbio, do outro lado, de Buda.

Ópera

Parlamento


O Parlamento tem 691 aposentos e foi construído entre 1884 e 1902, e o projeto tinha como objetivo imitar o Parlamento de Londres. A Assembléia Nacional e o Salão do Congresso encontram-se lá dentro e existe uma forte segurança ao redor do prédio. Visitas são possíveis apenas uma ou duas vezes por dia com horário determinado e com um guia. Em época de eventos e conferências políticas, o Parlamento é fechado para visitação. Não visitamos. Ficamos só ao redor mesmo e já foi muito impressionante.



Fazia um dia lindo com um sol magnificamente brilhante de Outono, e na frente do Parlamento, a beira do rio Danúbio, com vista para Buda, tivemos certeza que Budapeste é uma das cidades mais belas da Europa e merece a visita.


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