Budapeste, Hungria

A capital da Hungria me surpreendeu em gênero, número e grau. Foi a primeira parada da nossa viagem pelo leste - não tão leste - europeu. Eu não tinha criado tanta expectativa, mas a verdade é que é tudo muito rico em história, arquitetura, cultura. Depois que passei a ler e saber mais da história do lugar e visitar os principais pontos turísticos, fiquei muito interessada e o tanto que andei, vi e conheci, foi suficiente pra atender e superar as expectativas.



Basicamente a cidade é dividida pelo rio Danúbio em duas partes: Buda e Peste. A história de Budapeste e da Hungria como um todo é muito interessante, caracterizada por uma beleza sofrida de invasões constantes de diferentes povos que dominaram e disputaram o poder por esse território desde 100 d.C. Romanos, bárbaros, turcos, habsburgos e o comunismo dominaram e influenciaram isso aí, então a gente vê uma variedade de paisagem que é diferente de tudo que eu já vi. As pessoas são gentis e tentam com o turismo resgatar suas origens. Depois de tanta disputa e incertezas do rumo que o país tomaria, o povo tenta manter vivo o orgulho pela sua cultura, música, compositores, literatura e culinária.


É possível, por exemplo, ver resquícios do comando dos habsburgos, quando se vai ao Palácio Real, no Castle District, construído no século XVIII e restaurado após a destruição de 1945, época da Segunda Guerra. Na reconstrução, peças e restos da forma original do castelo datada do século XV e até antes foram descobertas e reveladas, quando a região era então habitada e governada por imperadores romanos.


Buda foi a capital do reinado de Béla IV em 1247 e cresceu bastante até atingir o apogeu sob o governo de Matias Corvino entre os anos de 1458 e 1490, quando a ocupação turca interrompeu o desenvolvimento e então as tentativas dos habsburgos de retomar Buda foram simplesmente devastadoras. Quando finalmente conseguiram de volta o governo, o palácio real e o centro histórico foram restaurados, algumas imponentes construções foram acrescentadas, mas várias tiveram que ser reerguidas depois da Segunda Guerra Mundial. Tudo isso eu li e aprendi com o guia (livro) que carreguei a viagem inteira, o Eyewitness Travel Budapest.



Ainda em Buda, visitamos também o Fishermen's Bastion, que foi construído para a organização de pescadores em 1895 e ocupa uma área de fortaleza de Buda e uma praça medieval onde vendia-se peixe. De lá, tem-se uma vista magnífica do rio Danúbio e de Peste do outro lado do rio.




O dia ajudou, fez sol e o céu tinha um azul infinito que deu um brilho especial às minhas fotos. O frio até deu uma tréguia e eu e mamãe fomos presenteadas com uma viagem tão agradável, surpreendedora com tanta coisa linda pra ver e pra conhecer. Foi jóia demais! A cidade investe muito no turismo como uma das principais fontes de lucro do país, e é tranquilo turistar por lá. Com um mapa, dá pra andar pelos principais pontos da cidade perfeitamente. Até o metrô velhinho a gente pegou pra ir a pontos um pouco mais longe do centro e tirando a parte do idioma mímica pra comprar bilhete, foi tranquilo.


O idioma é coisa de louco, ne. Quem aqui sabe falar Húngaro? Nossa, eu tentei me arriscar, perguntei como se diz "obrigado", "bom dia", mas nem... são sons que eu não consigo imitar. Só muita aula mesmo. Então fiquei só com o inglês, que não foi problema, pois quase todo mundo que eu tive que falar falava inglês por lá. Uma que não falava, por exemplo, a mulher que vendia bilhete pro metrô, falava comigo em húngaro e eu tentava de todas as formas dizer que não falava nem entendia o idioma dela nem o que ela tava falando, mas ela não se importava não, continuava falando húngaro lá, apontado pro mapa, me perguntando um monte de coisa, e eu tive que apelar pra mímica e deu certo, consegui comprar o bilhete e chegar onde queria, que era a Heroe's Square.



A Heroe's Square é uma relíquia de uma era de orgulho na história da Hungria. Foi aí onde comemorações do Milênio aconteceram em 1896, marcando um ponto alto do desenvolvimento de Budapeste e da história da monarquia austro-húngara. Cada coluna tem uma estátua de um conhecido líder húngaro que governou a região e ajudou a moderniza-la em uma escala até então pouco conhecida na Europa para aquela época.


Próximo post conto mais sobre pontos que visitamos em Buda e falo de Peste também.
XO.

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