Comentei ano passado que o meu trabalho, como toda empresa, faz festa de Natal e a cada ano escolhe um país como tema da festa. Ano passado o país-tema foi a Tunísia e tivemos a festa das mil e uma noites, dança do ventre e músicas árabes. Foi legal, mas como pediram pra ir vestido a caráter, muita gente desistiu de ir por causa disso. Este ano o país-tema foi o Japão e tivemos a festa toda decorada com coisas do Japão, sushi no menu e os japoneses que trabalham no bureau vestidos a caráter.
Deu muito mais gente do que no ano passado! Eu não gosto de sushi e as alternativas para o jantar não eram assim oh que maravilha. Mas isso foi o que menos importou. Me juntei com o pessoal que sou mais chegada numa mesa e ficamos juntos conversando, até as luzes se apagarem...
A medida que as luzes foram perdendo força e o DJ animando o repertório (ou não..), e o nível de alcool subindo no sangue, a galera que vejo todo dia tão formal e séria foi se animando e mandando ver na pista de dança.
Até o nosso diretor geral entrou na brincadeira. É engraçado mesmo essas festas de final de ano. O povo se anima, aparentemente esquece dos problemas e da sua posição profissional e nada mais faz sentido. No bureau é mais engraçado ainda porque é gente de tudo quanto é nacionalidade, então cada um se solta de um jeito particular. Ficar sóbrio, não participar da festa e observar os diferentes comportamentos de longe é missão impossível, até para quem é de recursos humanos.
Não que a regra seja todo mundo se embebedar até cair e sair pagando mico, não é isso. E ainda bem que isso não aconteceu. Mas é a descontração o ponto alto da festa. É quando não importa mesmo a nacionalidade, todo mundo dança com todo mundo, todo mundo canta aquela música brega, todo mundo fica mais desinibido e o clima tenso do dia a dia no trabalho é esquecido, mesmo estando perto das pessoas com quem você compartilha os stresses.
Até a temperatura amena e a neve caindo lá fora não é tão importante. Um pouquinho de calor humano finalmente se faz presente no ambiente de trabalho dessas terras geladas. Falando em calor humano, não é que até o DJ me surpreendeu com um CD escondido do Axé Bahia??
Não era dos melhores, mas o povo gosta de uma batucadazinha.
Marcadores: berna, festas, relatos, trabalho, vida na suíça