O Andar do Bêbado

Depois de finalmente terminar de ler "The Girl with the Dragon Tatoo" no iniciozinho do ano, ao invés de ler o livro 2 da trilogia Millenium, peguei um que estava na minha estante há bastante tempo já: "O Andar do Bêbado", de Leonard Mlodinow, Editora Zahar.

O tema do livro é a abordagem do acaso, como acontecimentos aleatórios afetam e determinam nossas vidas. Eu gostei do livro, mas achei que fosse melhor. Isto é, eu tinha outra impressão de como ele fosse, achei que fosse diferente. Nos capítulos, histórias reais são relatadas de diversas naturezas, e pra falar a verdade algumas achei chato de ler, já outras muito interessantes.

O livro fala muito em dados estatísticos, cita físicos e cientistas com diversas teses, teorias de probabilidade e propostas pra provar isso e aquilo, e como depois o mundo de possibilidades de fato se desenrola na vida real. Não sei se alguém que não curta o mínimo de engenharia e ciências exatas vai ter saco de ler até o fim. Mas valeu a pena, gostei principalmente do final quando a coisa é mais generalizada e diz assim:

"A linha que une a habilidade e o sucesso é frouxa e elástica. É fácil enxergarmos grandes qualidades em livros campeões de vendas, ou vermos certas carências em manuscritos não publicados, vodcas inexpressivas ou pessoas que ainda estão lutando pelo reconhecimento em qualquer área. É fácil acreditarmos que as ideias que funcionaram eram boas ideias, que os planos bem sucedidos foram bem projetados, e que as ideais e os planos que não se saíram bem foram mal concebidos. É fácil transformar os mais bem sucedidos em heróis, olhando com desdém para o resto. Porém, a habilidade não garante conquistas, e as conquistas não são proporcionais à habilidade. Assim, é importante mantermos sempre em mente o outro termo da equação - o papel do acaso."

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