Lucca

Então no domingo de Páscoa, depois de ter passado a manhã em Pisa e perceber que não ia dar tempo de ir até Siena, pegamos o trem e rapidinho chegamos em Lucca, ainda na região de Toscana.
O meu guia do Eyewitness Travel dizia que a cidade era linda, a amiga de Thiago disse no telefone que era belissima. Não tínhamos hotel, mapa, nem muita informação a respeito. Só a vontade de conhecer mais uma cidadezinha pequena na Itália pra aproveitar o restinho do feriado, já que Siena era muito distante e não ia dar tempo de voltar pra Suíça a tempo depois.

Sendo assim, fomos lá: Lucca. E foi de fato uma belissima surpresa.

Assim que chegamos a estação, primeiro de tudo, queríamos encontrar um lugar pra deixar as malas e poder explorar a cidade com as mãos livres, afinal no fim do dia já ia pegar o trem de volta pra Milão. O primeiro hotel que paramos pra perguntar indicou o centro de informação ao turista ali perto. Fomos lá e estava fechado. Com um mapa na mão que pegamos no hotel que paramos primeiro, fomos até um outro centro de informação ao turista que ficava já mais distante. Pra chegar até lá, já tínhamos que cruzar todo o centro antigo da cidade, então já era parte do passeio aquela caminhada ali com mala e tudo.
Fazia um clima ótimo e eu adorei a cidade! Gostei até mais que Genova. Uma cidade pequenininha, típica, limpa, organizada, bem cuidada, e do jeito que eu tava procurando, com ruelas em padrão de antiga colônia romana. Havia muitos turistas mas não tava aperriado de andar, porque são muitíssimas ruazinhas, então dá pra espalhar bem a concentração de turistas, apesar da cidade ser bem pequena.

São praças, igrejas e ruas pra ver, então um dia ali dá demais pra explorar muito bem. As ruas são uma tranquilidade de andar. Não é difícil viajar no tempo caminhando ali por aquelas construções medievais, observando as lembranças da longa história refletidas por todos os lugares.

Chegando finalmente no centro de informação ao turista, deixamos nossa bagagem e fomos continuar a andança. Sem dúvida nenhuma Lucca é uma cidade pra ser explorada a pé. O centro histórico é cercado por uma grande muralha, então lá dentro, as ruas apesar de muito antigas são muito elegantes e agradáveis de andar.
Uma tranquilidade e uma paz sem fim. Acho que mesmo se a gente tivesse deixado as malas assim do lado de um banco numa praça e tivesse ido andar, na volta as malas iam estar ali no mesmo lugar. Parece que Lucca vive a parte do resto do mundo de tão fofa. Parece que parou no tempo em alguns aspectos. A impressão que dá quando a gente chega e olha tudo aquilo é que estamos atrapalhando cenas de algum filme, porque parece uma cidadezinha cenográfica. Uma graça.
Os gelatos (sorvetes) na Itália são conhecidos por serem um dos melhores do mundo. Então imagine bater perna a tarde toda numa cidade guti guti como Lucca com uma casquinha de sorvete gelato na mão... nada mal.

Eu não conheço muito da história de Lucca e no meu guia também não diz muito, além de Giacomo Puccini, compositor de óperas famosas e populares, e alguns dos principais pontos turísticos a visitar como a catedral San Martino, do século XI com exuberante estilo pisan-romanesco, anfiteatro romano e algumas praças como a Piazza Napoleone e San Michele.

Então foi muito só andar mesmo, tirar muitas fotos, admirar as construções históricas, as paisagens e curtir o giro por Lucca que terminou sendo muito legal e agradável.

A tarde passou rapidinho e já era hora de buscar de volta as malas no guarda-volumes do centro de informação ao turista e andar de volta em direção a estação porque o trem pra Milão ia sair no início da noite...
Mas a ida a Milão desta vez foi apenas uma escala para facilitar minha vida na viagem de volta. Não andei pela cidade. Só cheguei a estação, andei 200 metros, dei check in num hotel, dormi, no dia seguinte, segunda-feira de manhã, fiz check out e voltei pra estação, pois meu trem para Berna ia sair.
E assim foi-se mais uma Páscoa!

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