Colombo

Colombo é a capital do Sri Lanka, o centro político, econômico e administrativo do país. A cidade não lembra muito aquela imagem paradisíaca das praias do litoral, mas é o ponto de entrada e saída do país e como capital obviamente tem coisa interessante pra ver.
O Sri Lanka é uma ilha abaixo da Índia, e Colombo serviu de porto marítimo para o comércio  entre a Ásia e o Ocidente. Durante o século 8, mercadores Árabes dominavam a região, mas isso mudou em 1505 quando os Portugueses deram as caras. No século 17 entretanto, os holandeses apareceram. Mas não foi até os britânicos chegarem, que Colombo ganhou status reconhecido de cidade. Em 1815, Colombo foi proclamada capital do Ceilão, como era chamado o Sri Lanka antigamente. O país tornou-se independente em 1948 apenas, mas os Tigres Tâmis, que falei no post passado, causaram sérias consequências ao país, dispersando pessoas, famílias e forçando migrações desorientadas.
Eu até perguntei de vez em quando a um ou outro que me abordava se falava algum Português, mas eles só sorriam. É difícil enxergar influências holandesas, britâncias, muito menos portuguesas ali.. o Sri Lanka parece que tem sua própria identidade e não sofreu influências de ninguém. Colombo é organizada em 15 áreas que são usadas pras pessoas se localizarem em distritos específicos. Pettah, onde fica o forte por exemplo é Colombo 11. A cidade é grandinha, tem pouco mais de 2 milhões de pessoas, e depois da experiência que tive com o hotel que fiquei, digo que a melhor área pra se hospedar é a área da praia. É onde ficam os melhores hoteis. Não é muito central, mas Colombo não é como típicas cidades turísticas europeias que tem um centro que é onde fica mais ou menos tudo. Não dá pra saír batendo perna com um mapa na mão. Então o jeito era andar de carro mesmo. E ir explorando o que dava. Como falei no post passado, grande parte do Sri Lanka é budista, então a quantidade de templos que existe por lá é de se assustar. Mas ainda existem templos hindus tambem.

No dia que fiquei andando de carro lá com o motorista pra cima e pra baixo, vi uma enorme quantidade de templos, budistas e hindus, e eles terminam sendo uma grande atração turística. Assim nas ruas mesmo, no meio do trânsito, das lojas, do comércio, voce olha assim e tem um templo. Normalmente os templos têm bastante movimento. As pessoas realmente tiram horas do dia pra se dedicar a religião, ver e participar de rituais, uma coisa impressionante. De todos os que visitei esse aí, o templo hindu Kathiresan Kovil, foi o que mais me chamou a atenção. Ele era assim ao final de uma rua com um monte de carro passando na maior barulheira, mas lá dentro, maior calma, monges se preparando pro ritual, pessoas visitando assim no meio do dia mesmo.
Infelizmente no interior desse templo não era permitido tirar foto, e eu nem tenho provas pra ilustrar porque foi o que mais me chamou a atenção. Infelizmente mesmo porque estava tendo um ritual no momento, então eram imagens sendo descortinadas, muito incenso, músicas e falas repetidas que eu não entendia, e todo mundo prestando reverência. Muito intenso de se ver ao vivo.
Mesmo sem entender muito a significância e tudo que isso aí representa na cultura deles, dá pra perceber que é uma coisa grandiosa, difícil de esquecer.
Colombo é uma cidade que dá pra se explorar em um dia ou dois. Se voce não tiver interesse em visitar templo, pode cortar a metade do tempo. Porque não tem muito o que visitar. O Museu Nacional é outra atração interessante. Vale a pena gastar um dinheirinho a mais pela visita e pela permissão de tirar foto do lado de dentro. É também conhecido como Museu Nacional do Sri Lanka e é o maior do país.
Fica nas proximidades da área universitária da cidade e contém coleções de importantes objetos na história do país, como coroas dos monarcas, manuscritos de navegadores, etc. além de contar a própria história do país.
O museu em si não é tãão grande quanto parece. O parque onde ele fica sim é enorme, mas ele mesmo não é tão grande. Mesmo assim, passei mais de uma hora andando por lá olhando e lendo cada detalhe, pois eu não sabia muito sobre o Sri Lanka e o guia da Lonely Planet podia ser melhor, então era uma boa oportunidade pra aprender. E também foi aí onde eu relaxei mais um pouco. Já estava estressada com tudo que tinha dado errado até então, e aí pelo menos fiquei um pouco só na minha e consegui curtir a visita ao museu, sem ninguém no meu pé, sem buzinas e sem ninguém tirando foto na minha cara.
O Sri Lanka hoje é um país bom de se visitar a passeio. Claro, com os devidos cuidados. Mas não é como antes no meio de uma guerra civil, então apesar do estress resultante da minha falta de planejamento suficiente, eu ainda consegui aproveitar. O passeio se resumiu a visitar os pontos mais interessantes da cidade, áreas, templos, shopping, e ao final do dia, pedi pra ver a praia, que ahh... tirando Israel, já fazia algum tempo que eu não via uma praia.
O calor tava grande e lá não é como no Brasil que as pessoas ficam de biquini tomando sol, então praia é só pra ir dar uma volta mesmo, e apreciar a vista. No mais, Colombo é uma cidade em desenvolvimento, organizada, ainda com problemas no trânsito, mas nem se compara a India.
Imagino que a cidade tenha muito mais a oferecer, mas eu na minha situação consegui aproveitar foi isso aí. E hoje passado o streess, digo que foi de bom tamanho.

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