Apesar de ter uma sobrinha no Brasil de 8 anos e ter participado de todas as festinhas dela quando estava no Brasil, nunca fui muito ligada em festinha de criança não. Porem depois que fiquei grávida, automaticamente passei a ver crianças e afins com outros olhos. Não sei se é instinto ou o que é, mas essa coisa de cuidar do que é seu torna tudo diferente.
Nos posts da minha
gravidez, falei como Eduard na minha barriga foi mudando meu comportamento e minha maneira de ver as coisas. A preparação pro
chá de bebe foi finalmente a oportunidade que eu tinha de por pra fora todo o afeto que estava sendo formado dentro de mim. A festinha foi simples, mas eu preparei cada detalhe com muito carinho.
Desde então, tive chances de ir a festinhas de crianças aqui na Suiça e começar a mergulhar nesse mundo que até então era estranho pra mim. Estranho e não tão interessante, posso dizer. Sei lá, agora gosto de observar os detalhes, tento interagir mais, presto atenção no comportamento das outras crianças, e é bom poder dar a Edi chances de ele se divertir tambem. Claro que ele é muito pequeno ainda, mas vamos nos acostumando aos poucos com esse novo mundinho.
Com certeza, aqui em Zurich principalmente, existem festas luxuosas em casas de festas alugadas com um super buffet e uma mega decoração. No Brasil, isso é comum, embora a família nem seja tão rica assim. Aqui na Suiça, isso só acontece se a família for muuuuito rica. O "normal" é ter festinhas em casa mesmo, com tudo organizado pela mãe mesmo, uma coisa mais aconchegante com amigos mais próximos e família.
Nas festinhas que pude ir até agora, não tinha nada de muita extravagância. Bolo ou cupcakes, decoração da mesa simples, um tema talvez, mas nada exagerado. Tanto criança grande, quanto criança pequena. E isso eu posso concluir também de conversar com pessoas que cresceram aqui e tiveram todos os aniversários comemorados aqui. Criança já maior quer curtir o niver com os amiguinhos. Uma simples ida ao cinema, um passeio. Se for verão então, um grill num parque, uma brincadeira ao ar livre. Pronto, tá comemorado.
É comum em festinhas de crianças maiores, os pais não ficarem presente. Chegam no horário marcado, que normalmente é a tarde, cumprimentam todo mundo, deixam seus filhos, e vão embora. Voltam só pra buscar. A mãe da criança aniversariante fica incumbida de ser a hostess da festinha, e se não enlouquecer, monitora as crianças e faz brincadeiras. Já o pai não participa tanto assim, pude perceber.
Festinhas de bebes, claro, os pais ficam, e podem até não term muita intimidade ainda com os pais do bebe aniversariante, mas ficam e até fazem um esforço pra se entrosar. Afinal, estão todos ali no mesmo barco com bebes mais ou menos da mesma idade e fazer amizades e trocar experiências é importante.
Presente se dá tambem, mas nada exagerado não. Normalmente uma lembrancinha bem simples, ou um conjunto de coisas embaladas em casa mesmo. A criança agradece muitas vezes com um aperto de mão. Aliás, isso me chamou atenção. Em festinhas pude perceber um que de frieza entre as pessoas. Bom, eu sou acostumada a abraçar o/a aniversariante, dar um beijo, conversar, rir. Aqui é bem diferente. Abraço? Difícil. Beijo? Hah! Sorrir, ok. Mas existe uma certa distância, e nada de muito chamego não, mesmo que o/a aniversariante seja alguem próximo. É, Suiça mesmo. Tem disso.
Não ache nem estranho se os pais do/a aniversariante nem foto fazerem questão de tirar. Ou talvez uma no iphone tá de bom tamanho. Estar só ali entre os parentes numa tarde de sábado pra eles pode bastar e ficar na memória mesmo. No geral, pelo que vivi até aqui, achei festinhas bem diferentes das do Brasil, e do que estou acostumada. Não tem música tocando de fundo, talvez na dança da cadeira. E coxinhas ou risoles como aperitivos, só em sonho mesmo... Suiço não come muita bagana nem doce, então de aperitivo talvez uns canapes, uns chips, mas ninguem vai à festinha de barriga vazia disposto a se satisfazer não. Já percebi tambem que beliscam talvez mais por educação.
Apesar de ter feito sim um bolinho na comemoração de 1 mês de Edi (esse da foto aí de cima), não vou comemorar cada mês porque acho exagero, e ainda está cedo pra pensar na festinha dele de 1 ano. Mas com certeza não passará em branco. Ainda não faço a menor ideia do que vou fazer, mas com certeza vai ter influência brasileira. No bom sentido.
