Detalhes e dicas práticas da viagem à Rússia

Cara, nem acredito que estou aqui finalmente escrevendo sobre a viagem da Rússia... depois de tantas idas e vidas, desistências, adiamentos e dúvidas. Que felicidade que deu tudo tão certo e eu pude enfim conhecer a tão sonhada Rússia. A viagem foi tão organizadinha que resolvi escrever um post contando todos os detalhes, até pra eu relembrar depois e claro como de costume, compartilhar minha experiência e ajudar a quem se meter em tais aventuras como eu. Calma que eu sei que tá parecendo mais uma introdução, mas não é! De introdução já basta os dois últimos posts hahahaha. Mas é natura, viagem mais longa, tem mais coisa pra contar. E sendo a Rússia então! Aqui já vou falar de situações da própria viagem, mas ainda vou escrever separado sobre as cidades e os pontos visitados.

A viagem em si - vôos Suíça-Rússia, viagem São Petersburgo-Moscou e transfers

A viagem consistia de uma semana, mais precisamente de segunda-feira a domingo, na
primeira semana de setembro. O plano inicial era conhecer no mínimo as duas principais cidades, isto é, São Petersburgo e Moscou, e dividir o tempo entre as duas. Como a distância entre elas não é pequena - 650km - ia ser muito contramão ter que ir e voltar, pelo fato que apesar da viagem de avião entre uma cidade e outra ser curtinha, você tem que chegar com pelo menos 2 horas de antecedência no aeroporto, sair com mais uma hora de antecedência do hotel porque aeroporto geralmente é afastado, a cidade é grande, tem trânsito e tudo mais. Chegando no destino é a mesma coisa, tem que esperar mala no aeroporto, passar pela imigração, tem mais trânsito, bla bla... que no fim você gasta quase um dia inteiro de viagem. E isso que a viagem de avião nem é tão confortável assim. Por isso se estivéssemos primeiramente em São Petersburgo e fôssemos a Moscou e voltássemos para São Petersburgo para sair de lá para voltar a Suíça, ia praticamente "perder" 2 dias viajando de 1 semana, então, não. 

Chegamos na Rússia de Zurique em São Petersburgo, mas saímos de Moscou, voando direto para Zurique, tudo pela Swiss, a companhia aérea nacional suíça, em vôos diretos, sem conexões. A passagem multidestino não é lá das mais baratas, mas estávamos num ponto de decidir: ou vai ou vai. Sendo então o plano chegar por São Petersburgo e sair por Moscou, para aproveitar o máximo de tempo e otimizar a viagem pelos motivos que falei acima, resolvi arriscar a outra alternativa, que pode parecer um pouco ousada pra quem vê de longe, mas hoje vejo que foi realmente a melhor alternativa mesmo. 
O trecho que faltava então de São Petersburgo-Moscou, os irredutíveis 650km, resolvi fazer de trem. Que cá pra nós, trem comparado com avião, eu prefiro trem, muito mais confortável. Na Rússia existe uma rede ferroviária eficiente, de respeito, que faz linhas transsiberianas então daí a gente tem uma ideia que realmente dá pra confiar. E depois de muito pesquisar, decidi que valeria mais a pena ir de trem, fomos de trem bala, que fazia o percurso em 4h10min, numa velocidade média de 200km/h. O valor do bilhete de trem depende do tipo de vagão que você escolhe. Eu fiz tudo online com antecedência pela Russian Trains e tinha escolhido inicialmente o vagão mais barato mesmo (Edi não paga), e o bilhete custava menos de 100 dolares. Mas aí depois que fiz a compra entraram em contato comigo por email para perguntar se eu não preferia trocar para o vagão business não sei o que lá, porque tinha mais espaço para por carrinho de criança e tudo mais (mesmo Edi não pagando, você tem que indicar a criança como passageiro). Paguei a diferença (uns 30 dolares) e aceitei a troca.
Para comprar bilhete de trem na Rússia (pelo Russian Trains) é preciso primeiro escolher seu itinerário claro, e depois dar todos seus dados: dados pessoais, endereço, nacionalidade, número de passaporte, enviar tudo, só depois de alguns dias quando você recebe uma confirmação que seus dados "estão ok", é que você pode finalizar a compra. 
Eu desde que comecei a planejar essa viagem para a Rússia com meu amigo lá de Recife já esperava que fosse tudo meio desconfiado assim mesmo, muito cheio de regras, seguranças, procedimentos e nada easy going. Agora que terminou a viagem digo que é assim mesmo, e não só com a compra de bilhete de trem. Faz parte.
Então, depois que recebi a confirmação das passagens de trem, recebi os bilhetes por email, imprimi e levei comigo claro para usar lá no dia. Deu tudo certo. Cheguei na estação de trem em São Petersburgo  uns 30minutos antes do trem partir, mas tinha saído com umas 2 horas de antecedência do hotel. Muito trânsito e dificuldade para estacionar, tem que considerar... (mesmo assim, acho que ainda vale mais a pena que avião!) Organizei um transfer do hotel para a estação e uma espécie de escolta e paguei 50 euros por tudo. Valeu a pena pois o cara falava Inglês (nem todo mundo fala, ou quer falar Inglês na Rússia), estacionou o carro, levou a mala da gente enquanto eu empurrava o carrinho de Edi, foi comigo até a plataforma, passou pelo controle e me deixou na minha poltrona dentro do trem! Assim sim ne! Mas tudo isso eu organizei com antecedência, e pedi que o transfer fosse assim mesmo, pois já sabia que ia ser complicado empurrar a mala e o carrinho de Edi. Não faço isso nem quando vou pro aeroporto com Edi aqui na Suíça, ia fazer na Rússia?!
Estação de trem em São Petersburgo
Estação de trem em São Petersburgo
A viagem São Petersburgo-Moscou foi uma maravilha. O trem era super moderno, o vagão business era bem bacaninha, mas eu infelizmente não sei pronunciar nem escrever o nome da linha que fiz. Vejam o nome pelo bilhete. Edi não paga passagem mas também não tem assento próprio. Por sorte estávamos numa área com 4 lugares e só tinha nós dois. Era uma quinta-feira então não tinha muita gente no trem. No fim da viagem quando o trem parou numa cidade, entrou um cara e sentou na nossa frente apenas. Mas não atrapalhou em nada, Edi brincou, olhou pela janela, dormiu, também já está acostumado a andar de trem aqui na Suíça então não deu trabalho nenhum. Aliás como eu ja disse, eu até prefiro do que avião, porque de avião ele geralmente não curte ficar de cinto de segurança... Lá no trem passa aquele carrinho tipo de avião e servem um lanche (sanduíche de frango ou queijo), oferecem café, bebidas, biscoitinhos, tudo incluso no preço do bilhete, não precisa pagar nada mais pelo lanche. E Edi que nem bilhete pagou também ganhou lanchinho.
Chegando em Moscou, o trem parou na estação, e eu esperei todo mundo sair do vagão para levantar e tentar sair com minhas tralhas, mas o aperreio não durou muito. O transfer que tinha organizado para Moscou estava lá na porta do meu vagão (pois assim foi combinado) com meu nome, e de lá o carinha levou minha mala e eu empurrei o carrinho de Edi. Fomos até a van e da estação até o hotel, que não é nem tão longe, mas o trânsito de Moscou.... Jesus amado!


Hoteis

Em Moscou, ficamos no National Hotel, um hotel muito central, bem do outro lado da rua na frente da Praça Vermelha, um dos principais pontos turísticos da cidade. Claro, com uma localização tão boa, há um preço pra isso, mas como já comentei aqui, eu nunca fui de ficar em hostel, e me enfiar num moquifo com Edi não rola meeeesmo. Então tem que desembolsar uma graninha e ter algum conforto e segurança, para evitar que demais problemas aconteçam durante a viagem. O hotel era mesmo muito bom, o quarto era simples, sem vista especial para o Kremlin mas bem espaçoso, com dois ambientes, duas tvs, garrafas de água "de graça", cama enorme e mega confortável e bercinho pro Edi, mas eu não me sinto muito a vontade em hotel cinco estrelas. Sei lá. O conforto está lá claro, e isso vale a pena, mas é tanto cartão pra isso, bilhete especial praquilo, regras exclusivas praquilo outro que eu tenho a impressão de estar sempre sendo observada, não gosto. Mas como não achei um hotel mais ou menos que fosse suficientemente ok naqueles arredores foi esse mesmo.
Reservei tudo pelo Booking.com. Em São Petersburgo ficamos no Golden Triangle Hotel, um hotel mais simples, mas também com ótima localização, a poucos metros da Rua Nevsky, que a é a principal rua de compras da cidade, onde no final dela fica a praça do Hermitage. O hotel era bem bonzinho, quarto menor que o outro, mas também bem confortável, com berço pro Edi e muito agradável, recomendo todos os dois. Todos os dois com elevador e de fácil acesso e com equipe falando Inglês.


O povo russo e o Inglês

Isso do Inglês tenho que enfatizar porque é um ponto a ser considerado, minha gente... É fato: não é simples falar Inglês nas ruas da Rússia. Não, nem todo mundo fala Inglês e poucas pessoas querem de fato falar. Vou contar um fato, estava eu na fila do Burger King para pedir meu sanduiche, e quando chega minha vez, adivinha? A atendente não fala Inglês, claro. Ela até se esforça, mas não adianta, não fala, falei "sem cebola" e ela não sabia o que era. E aí não tem nem o que fazer porque não dá pra fazer mímica de cebola ne. Virei pros lados e comecei a perguntar quem ali falava Inglês pra me ajudar, até que o cara que tava bem do meu lado se prontificou... er, quase isso. Quando vi que ele tava entendendo o que eu tava dizendo, meio que implorei pra ele traduzir pra mim lá em russo que eu queria o bendito sanduiche sem cebola... Tipo, ele tava do meu lado! Do meu lado o tempo todo vendo que eu tava precisando de ajuda e não falou espontaneamente... precisei pedir. Essa situação aí resume bem o comportamento dos que falam Inglês. 
Minha impressão do povo russo hoje foi um povo extremamente frio, distante e individual. Poderia estar falando dos suíços, mas acho que numa situação como a que descrevi acima, um suíço no lugar do russo teria se prontificado para ajudar na mesma hora.
Segundo uma das guias que nos orientou em Moscou, ela disse que não dá para culpa-los. Ora, eles passam a grande maioria do ano debaixo de um frio dos infernos (dos ceus?), têm pouca claridade, poucos dias de sol, é natural que virem individualistas. Essa explicação eu também já ouvi aqui na Suíça para a frieza do povo daqui, mas como na Rússia faz mais frio que aqui, na lógica, lá o povo é respectivamente também mais frio que o daqui. Voltei pra Suíça até achando os suíços mais amigáveis... hahahaha.


Guias de viagem falando Português

Sobre as guias que contratei na Rússia, pode até parecer piada, mas não é. Todas as três falavam Português. Imagina encontrar uma russa que fala Português. Pois eu encontrei 3. Ok não foi tão coincidência assim... no início quando eu estava organizando a viagem com meu amigo de Recife, estávamos atrás de guias que falassem Português. Aí encontramos uma em São Petersburgo e ela indicou as de Moscou. Inglês pode até falar mais ou menos ou nem falar, mas Português todas as três falavam. As três fizeram letras na Universidade e claro, como guias de turismo sabem muito da história da russa, mas na universidade tiveram que aprender um outro idioma também... e por quê não Português? Interessante, não? Não ia dizer nunca que se poderia aprender Português numa universidade russa, mas tá aí. E deve ser de bom nível porque olha, Português fluente, praticamente sem sotaque, sem erros. OK, uma delas me contou que namorou um brasileiro e foi ao Brasil algumas vezes, então isso deve ter ajudado. Mas as outras disseram que recebem muitos turistas brasileiros e aí uma coisa levou ao aprimoramento da outra. 
As guias foram excelentes, todas três e eu as recomendo. Fizemos tour privado, isto é, só eu e Edi, a guia e o motorista. A de São Petersburgo foi a que passamos mais tempo, Ekaterina Semenova (contato: catalina2507@yandex.ru). Fizemos com ela no primeiro dia um tour de 4 horas pelos principais pontos de São Petersburgo e no segundo fomos para fora da cidade conhecer Peterhof e Pushkin, os palácios de verão dos antigos czares russos. Calma que vou fazer post sobre tudo ainda. 
As guias em Moscou foram duas. No primeiro dia fiz um tour de carro pelos principais pontos da cidade com a guia Anna Nasonova (não tenho o email dela, organizei tudo com a 2a guia), que mesmo grávida de 7 meses, fez um ótimo trabalho e ainda tirou ótimas fotos nossas. No segundo dia em Moscou fizemos um tour a pé pelo Kremlin com a Maria Basova (contato: mariabasova@hotmail.com), mas tive azar no último dia, pois chovia muuuuuuito em Moscou e atrapalhou um pouco os planos.
As vantagens de turistar nas cidades com guias, além das óbvias e das que eu já falei antes, é que voce tambem nao enfrenta fila na entrada dos pontos, museus, etc. porque elas já organizam tudo com antecedência. Sendo privado então, você vai no seu ritmo. Acertei tudo com antecedência por email, paguei as guias em Euro, mas a moeda do país não é Euro obviamente. A moeda da Rússia é o rublo russo e eu troquei dinheiro antes de viajar.

Depois dos tours com as guias aproveitei ainda algumas horas para andar sozinha com Edi pelos arredores, depois que já tinha "aprendido" a andar pelo menos ali perto de onde eu estava. Eu gosto tambem de andar sozinha, na minha, isto é, com o Edi, no nosso ritmo, vou conversando com ele, mostrando as coisas, fazemos pausas, enfim.

Achei as duas cidades bem grandes e complicadas de serem navegadas. Não é como as principais cidades europeias que os principais pontos ficam no centro histórico e o centro histórico dá pra ser andado todo a pé. Por isso a necessidade em contratar as guias para ajudar na viagem também. Dá pra ficar hospedado próximo a um ponto, mas não dá bem pra ir andando de um ponto a outro. Tem que pegar carro, taxi, metro, onibus. As distâncias são grandes e o trânsito é intenso, principalmente em Moscou que mesmo com aquelas avenidas enooooormes com 7 pistas pra ir, 7 pistas pra voltar e prédios arranha-ceu, tem ruas que (obviamente têm menos pistas) e ficam beeem engarrafadas.


Brasileiro não precisa de visto

A Rússia pode parecer um país bem complicado para viajar, mas desde 2010 o país fez um acordo com o Brasil e o passaporte brasileiro não precisa mais de visto para entrar lá. Isso é uma vantagem monstra porque quase o resto do mundo todo precisa de visto para ir pra Rússia e eles são bem chatos rígidos quanto a isso. Lembro que no aeroporto em Zurique na fila para o embarque, tinha um monte de suíço lá conferindo seus vistos e eu pude passar com o Edi na frente tranquilamente porque não precisávamos conferir nada. Isso é ótimo porque não é sempre que o passaporte brasileiro é privilegiado.
Na chegada em São Petersburgo, passamos pelo controle de passaporte, recebemos nosso carimbo e até eu fiquei surpresa por não perguntarem "o que faz uma brasileira que mora na Suíça vir a Rússia com seu filho?"... surpresa, mas feliz. Quem sabe na Rússia eles já sejam mais avançados nessa questão.


Rússia com crianças e o Edi

Eu to ligada que rola um certo preconceito sobre viajar com crianças para países "diferentes" e a Rússia pode ser enquadrada nessa categoria. Preconceito porque é falta de entendimento. Como eu já disse antes, a Rússia é longe, é grande, é diferente. Ir pra lá com crianças??????? ....... o que que tem???
Se é pra viajar, é melhor que aprenda desde cedo hehehe.. brincadeiras a parte, eu parto do princípio que em todo lugar do mundo tem crianças, e em todas as cidades tem de ser possível andar com crianças. Talvez ainda precise escrever um post sobre isso, mas, eu não acho difícil viajar com crianças com o Edi. Eu acho que exige sim mais preparação, mais investimento, cautela, etc. mas isso aí faz parte. É meu nosso novo modo de viajar, ué. E apesar de parecer meio loucura para alguns ir com o Edi para a Rússia, eu fui e digo que não houve problema algum!
Claro, ele é uma criança de 2 anos e meio, exige a paciência e os cuidados naturais da idade aonde quer que a gente esteja. Na prática, Edi sempre faz sucesso com as pessoas na rua, todo mundo olha, sorri, torna até nossa viagem mais interativa com estranhos hahaha. Mas na Rússia foi especial, porque a quantidade de turista asiático (digo asiático porque não sei diferenciar chinês de japonês, nem coreano) era incrivelmente absurda. Muito turista asiático, muito, muito, muito. E como eles são, todos com câmeras fotográficas tirando foto de tudo, e claro, Edi é uma "atração", sendo diferente deles, ainda criança, chama muito atenção. Todos vêm falar com ele, cumprimentar, pedir pra tirar foto, brincar, nossa, ele arrasa. Eu fico só de longe assistindo tirando foto.
Os russos em si como eu disse antes, não são muito amigáveis e sorridentes com estranhos, mas o Edi até conseguiu arrancar uns sorrisos de alguns russos que cruzaram com a gente. 
Sempre tento procurar um mercadinho próximo ao hotel onde eu possa comprar biscoitinhos, coisinhas, necessidades e bananas para fazer a vitamina dele que ele toma todo santo dia ao acordar e antes de ir pra cama. Sim, viajo com toda a parafernalha... e no mais, como já falei aqui, é curtir a viagem juntos e tentar seguir a rotina dele de refeições, troca de fralda, sono, etc. Eu como cuido praticamente o tempo inteiro de Edi sozinha quando estamos na Suíça, quando estamos viajando é até menos trabalho, pois não tenho eu mesma que estar o tempo todo preocupada em entrete-lo, a viagem por si só já o entretem.


Comida

Dependendo da viagem, gosto de fazer com que a hora do almoço e da janta sejam parte do "tour turístico" e conhecer as comidas típicas do lugar, experimentar uma coisa ou outra. Na Rússia, fiz questão de pedir mais de uma vez um strogonoff, prato russo que conhecemos bem no Brasil, e da primeira vez achei uma delicia, ambos com carne de vaca, mas da segunda vez não curti o molho de champingons... Recomendo com certeza o strogonoff do shopping GUM, e NÃO recomendo o do hotel Nacional, onde ficamos em Moscou.
Passei também por um restaurante self-service e tinha tudo de russo. Me perdoem, não sei falar os nomes nem escreve-los. Mas tava bom! hahahaha... Em suma era arroz, purê de batatas e carnes empanadas, essa espécie de panqueca era com queijo tipo ricota, uma sobremesa de chocolate que era tipo um brownie, suco de berries e uma vodka de lembrança.
No mais comi também em redes de fast food como comentei antes, Burger King e sanduiches no Subway, e pastas em restaurantes "ocidentais". As redes de fast food não há tantas pela Rússia e as que há não são tããão lotadas nem tããão bem vistas (ou naturalmente frequentadas) como no Brasil ou Europa. Ouvi mais de uma vez das guias que há um certo movimento e frequentes demonstrações para fechar tais estabelecimentos por lá.


Clima

Fomos na primeira semana de setembro a Rússia e acho que foi uma ótima época, em relação ao clima. Ouvi dizer que São Petersburgo tem 20 e poucos dias de sol por ano apenas, e nos 4 dias que estive lá, peguei sol na maioria do tempo, então acho que tive sorte. A temperatura na chegada estava acima dos 20 graus, tendo dias de no fim da tarde chegar a 25 graus e não precisar nem de casaco. Segundo o motorista que foi nos buscar no aeroporto, ele disse que esse ano eles praticamente não tiveram verão, que fez muito frio, bem diferente aqui da Europa e da Suíça que tivemos um ótimo verão e com temperaturas bem altas.
Já em Moscou o clima é estranho. Estava bem mais frio que em São Petersburgo, mas acho que a queda foi natural e no país inteiro, pois não fica tempo bom e temperaturas boas por tantos dias seguidos. No inicio do dia mais pro fim da viagem estavamos pegando 8 graus... Mas sei lá lá em Moscou o ar é meio poluído, denso, muuuito nublado, e com o frio, fica uma coisa assim meio sombria no fim do dia. Não quero nem imaginar como deve ser no inverno com temperatura média beirando os -10, -15 graus centigrados. No nosso último dia em Moscou pegamos muita chuva e isso atrapalhou um pouco os planos e a viagem, mas ne, depois de tantos dias de sol, a sorte haveria de acabar. Uma viagem comprida tem disso também. 

Acredito que na primavera também deva ser uma boa época para visitar a Rússia, pois as temperaturas estão começando a aumentar. Já no verão é época de férias escolares, alta temporada, as cidades devem lotar muito, não curto. E no inverno não recomendo a Rússia para ninguém!


Custo

Eu não achei a Rússia barata. Moscou é bem mais cara que São Petersburgo, mas no geral achei o preço das coisas bem europeu. Para começar que pra chegar lá não é muito fácil ($), hoteis e tal também não são uma pechincha... embora deva existir hostels bons e mais em conta. Uma refeição de strogonoff por exemplo não sai por menos que o equivalente a 20, 25 euros, para uma pessoa. Souvenirs também não são muito baratos. Uma matrioshka, que são essas bonequinhas típicas russas de madeira que abre e fecha e tem mais outra bonequinha dentro, e mais outra dentro, e etc. custa na faixa de o equivalente a 20 dolares, isso de tamanho assim, razoável, de madeira. Tem outras mais chiquês de porcelana e pintada com tintas especiais e com cristais e não sei o que mais lá, essas aí são bem mais caras.

Bom, acho que é isso. Consegui meio que resumir os principais pontos da parte prática da viagem neste post. Agora vou ver se consigo começar a escrever sobre a primeira cidade que visitamos: São Petersburgo!

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