Estocolmo

Estocolmo (ou Stockholm) é um conjunto de ilhas do mar Báltico que formam a capital da Suécia, mais um país da Escandinávia. Como escrevi no post passado, a Suécia foi o último país que faltava pra completar a lista de países nórdicos que eu queria conhecer em breve, e essa lista começou a ser explorada há apenas um ano atrás.
Sempre achava que seria frio demais mesmo no verão lá pelo norte da Europa, e como ainda estava conhecendo coisas novas aqui da Europa central, fui deixando a Escandinávia pra depois. Minha vontade de conhecer o que há de mais nórdico no mundo não diminuiu com o tempo, pelo contrário. A cada capital que fui conhecendo: Copenhagen, Helsinki e Oslo, fui aprendendo mais da história dessa parte do mundo, da cultura dos vikings e da nobreza germânica, e agora que conheci Estocolmo, posso dizer que a Escandinávia é um dos lugares mais ricos do mundo, mais organizados, mais limpos, e mais caros também.
Até dá pra fazer uma viagem com budget apertado ali pela Escandinávia. Arrumando passagem pechincha pela Easy Jet, dormindo em albergues e andando de transporte público é bem possível e não é nenhum sacrifício. Ainda que alimentação e quaisquer outras coisas por lá sejam sim carinhas. Mas também vou falar, morando aqui na Suiça não chega a ser tão diferente não. Bom, mas continuando.. O tempo que tenho pra conhecer esses lugares nunca é muito longo. Quem me dera poder me extender e conhecer o interior, ir a Uppsala, cidade do interior da Suécia que conheci através do livro "The Girl with the Dragon Tattoo" do autor sueco Stieg Larsson, e poder me aprofundar ainda mais nessa minha "exploração" vamos dizer assim.
Estocolmo hoje é formada por 14 ilhas e tem uma herença cultural muito rica. Não chega a ter nem 1 milhão de habitantes e os belíssimos edifícios ao longo das ruas e por entre pontes e mais pontes são símbolos do apogeu do poder da Suécia na Europa entre os séculos 17 e 18. A cidade expõe tesouros do país em diversos museus como o Nationalmuseum com peças de escultura e pintura de artistas suecos, o Moderna Museet com obras de arte moderna criadas a partir de 1900, o Vasamuseet dedicado à clássica embaração sueca de guerra - a Vasa, o Nordiska Museet que expoe peças que retratam a vida cotidiana sueca a partir de 1520 como roupas, joias, moveis, casas de boneca, e também o Historika Museet que guarda relíquias da era viking e coleções da Idade Média.
Estocolmo é cercada de praças e baías com ar de espontaneidade, e eu não sei se foi porque tive muita sorte em pegar um fim de semana em pleno mês de março com sol e temperaturas beirando os 10 graus, mas tive uma bela impressão do clima e da atmosfera da cidade em geral, apesar do vento.
É claro que aqui na Suíça sendo mais ao sul a essa época já estamos nos coçando com a chegada da primavera e a cada dia mais largando os casacos e as luvas. Mas lá na Suécia a história é um pouquinho diferente e a essa época do ano, a primavera ainda está um pouquinho mais longe pra chegar do que aqui, então volta cachecol, casaco e luvas! E a cada forcinha a mais que o sol fazia era aquela alegria!
A viagem a Estocolmo foi planejada com uma amiga, a Magali, que há tempos falávamos numa viagem juntas, mas só Deus sabe como é difícil acordar agendas, planos, afazeres e organizar uma viagem na vida de duas pessoas que moram em cidades diferentes com rotinas totalmente diferentes! Mas fomos persistentes e modestia a parte, fizemos bonito. Mesmo diante de contratempos, partimos na madrugada da quinta pra sexta para o aeroporto de Zurique para de lá partir num voo curtinho para Estocolmo.
Pra variar, o tempo era curto, e mesmo andando pela cidade morrendo de cansaço por ter dormido pouco na sexta-feira, começamos o fim de semana com muita empolgação. Não fizemos planos específicos pra ver nada em especial, só queríamos aproveitar o fim de semana naquela cidade. Apesar de que a Suécia já estava na minha lista de viagens, a escolha de Estocolmo foi justamente por querermos aproveitar o que quer que a cidade tivesse pra nos oferecer.
Porque Estocolmo não é o tipo da cidade que se vai atrás de ver pontos turísticos. A não ser que voce va atrás de visitar museus por vários dias, a cidade é daquelas que é pra ser vivida. Então íamos apenas pegar um mapa, andar e nos deixar surpreender. Não tínhamos tempo pra visitar os museus de Estocolmo, eu mesma nem li direito o guia da Suécia, e lá nem abri. Foi exatamente como planejamos: sem planos! Chegamos no hotel, deixamos as trouxas, e com um mapa na mão fomos andando meio que sem rumo certo.
E que belíssima surpresa! Como a gente se divertiu! A cada esquina que virávamos, a cada praça que chegávamos, a cada prédio que víamos e história que descobríamos era de fato uma descoberta. E que viagem maravilhosa é essa quando não planejamos tim tim por tim tim, porque o lugar em si por onde vc quer que ande tem alguma coisa legal pra mostrar. E tudo é novidade, até a simples pracinha com enfeites de rosas e folhas parece especial.
Estavamos hospedadas no centro de Estocolmo, então era só sair do hotel, andar alguns minutos e estávamos no Stureplan, um ponto de encontro e uma área comercial muito bacaninha de andar com a Sturegallerian, shopping com várias lojas legais, praças e galerias. Fomos surpreendidas numa praça com sorvete de graça, um sol maravilhoso tentando esquentar de toda forma o clima nórdico e até consegui, e por último mas não menos importante, no sábado quando andávamos pelo centro antigo que eu falarei no próximo post, estávamos lá andando e andando mais um pouco, quando de repente começamos a ouvir um som muito ótimo e fomos andando em direção ao som.
Estávamos nada mais nada menos que no Stampen!
Um dos pubs de jazz e R&B de Stockholm mais famosos do mundo!
Agora veja voce, sabado plenas 3 horas da tarde, sol tinindo lá fora, e o pub cheião, música de alta qualidade nas alturas totalmente free.
Bom demais! Totalmente espontâneo, ficamos lá curtindo o som até altas horas, fechando um grande dia em Estocolmo!

Próximo post falo do centro antigo da capital sueca e seus traços de realeza.