Suécia

A viagem à Suécia completa a lista de países que eu tinha em mente para realizar o sonho de conhecer a Escandinávia.
Embora eu tivesse essa "lista" na cabeça e a viagem aos outros países como Noruega, Finlândia e Dinamarca eu estava no comando da programação vamos dizer assim, a Suécia foi uma viagem que apesar de acertada com bastante antecedência, foi muito espontânea e até diferente.
É inevitável comparar esses países uns com os outros, achar similaridades da arquitetura da Noruega na Suécia, semelhanças do idioma na Finlândia e na Dinamarca, mas o mais legal é no final conseguir identificar aquele aspecto único de cada país que voce só encontra lá.

Grande parte do território da Suécia fica ao norte do Círculo Polar Ártico e assim como na Noruega, no verão lá o sol não se põe. E como estar ciente desse fato sem me lembrar do céu azul marinho que nunca escurecia de verdade lá em Helsinque, quando estive lá em Junho do ano passado?
Os ventos do norte da Europa são sempre mais frios e não importa a que época voce vá lá, a noite vai fazer um friozinho. Apesar de o inverno na Suécia não ser considerado um dos mais rigorosos graças a esses ventos (?), há cerca de 100 mil lagos espalhados pelo país e pelo menos pra mim no frio quando estou perto da água, sinto mais frio.
A cultura dos vikings que já escrevi várias vezes aqui nesse blog quando escrevi dos outros países da Escandinávia também está presente na Suécia e faz parte da sua história. Embora sejam conhecidos como piratas dos mares, como seus vizinhos noruegueses e dinamarqueses, os vikings foram os primeiros mercadores da Suécia, abrindo caminho pelos rios da Rússia até o mar Negro. O reinado viking terminou com a bem-sucedida cristianização da Suécia, no final do século 11.

Mercadores germânicos chegaram a Suécia e dominaram o país até o final do século 13. Daí, os alemães foram expulsos pela União de Kalmar que colocou a Escandinávia sob o governo dos dinamarqueses. É engraçado ler sobre a história de um país e de outro porque no final voce percebe como tudo está ligado e eu sinto como se já tivesse escrito parte do que sei da história da Suécia quando escrevi posts dos outros países.

Domínio do mar, famílias se formando através de casamentos entre diferentes nacionalidades, heranças e uniões militares. Tudo de um tem influência no outro.

Gustavo III foi o rei que mais contribuiu para o iluminismo europeu no país. Fundou a Ópera Real em 1782, construiu o Teatro Dramático Real, em 1788. Tudo que se vê no centro da capital Estocolmo até hoje lembra o tempo que a Suécia era forte, até com seu poderio militar no século 19.
Não que o país hoje seja fraco. Em menos de cem anos, a  Suécia deixou de ser uma pobre economia rural e se transformou em uma nação industrializada do Primeiro Mundo. Na década de 90, o país passou por mudanças significativas como a engenharia que se expandiu rapidamente, em especial no segmento das telecomunicações, sob a liderança da multinacional Ericsson. E como não falar de Suécia sem lembrar da loja Ikea espalhada pela Europa inteira e EUA, e outras marcas de design ou em outras áreas como a vodka Absolut conhecida mundialmente, ou no setor cultural como o grupo ABBA, Roxette, ou da minha banda favorita da adolescência The Cardigans?
A Suécia assim como a Noruega e a Inglaterra é uma monarquia constitucional, e a nação ainda é considerada como "em crescimento", apesar de sua economia ser altamente bem desenvolvida. A revista The Economist coloca o país como em primeiro lugar no ranking de índice de democracia e em sétimo no índice de desenvolvimento humano da ONU. A Suécia filiou-se à União Europeia pouco antes do ano 2000, mas mantem sua moeda: a coroa sueca. Brasileiros não precisam de visto para entrar lá se permanecerem até 3 meses. O idioma pertence ao grupo de línguas germânicas, assim como o norueguês, dinamarquês e islandês. E até com meu alemão capenga dá pra entender algumas coisas escritas.

A Suécia é muito mais além de sua capital, mas Estocolmo oferece o que há de mais moderno em todos os aspectos. Eu adorei o que pude conhecer, tive uma ótima impressão da receptividade dos suecos e da atmosfera de um fim de semana muito movimentado nas ruas de Estocolmo.

Próximo post: Stockholm!

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