Saint-Tropez

O segundo dia da viagem a Côte d'azur era meu aniversário! Alias, essa era uma das principais desculpas dessa viagem, ou melhor dizendo, um dos principais propósitos. Eu me mudando pra Berna, férias coincidindo, vontade de ir a praia, alto verão, nossa "despedida", meu aniversário! Precisa de mais desculpa? E por isso mesmo, Eric "deixou" que eu escolhesse o destino e o que fazer no dia 20 de julho.
Quando começamos a organizar a viagem ao sul da França, me interessei em saber mais sobre Saint Tropez, que já tinha ouvido tanto falar, pra saber se realmente valeria a pena ir até lá. Será que é mesmo tão sofisticado? Tão caro? Tão isso, tão aquilo... só indo mesmo pra ver. Então deixei a curiosidade e o espírito me levarem e decidi irmos a Saint Tropez no meu dia.
St-Tropez, para minha surpresa, é uma cidade de pescadores. Minúscula, nem estação de trem tem. E talvez por isso mesmo meio que preservou seu desenvolvimento, se comparada ao resto da Cote d'azur. Por outro lado, pelo mesmo motivo, se tornou aos poucos destino popular dos curiosos em busca de um lugar mais calmo e menos badalado. Que por sua vez, depois de tanta procura, passou a ser um lugar super badalado e super ultra lotado!
Essa história me deixou meio confusa e eu não sabia se esperava então ver uma cidadezinha calma e pacata, ou um imprensado de gente amontoada em bares sem espaço. Infelizmente, a segunda opção foi a que encontrei por lá. Claro, era verão e todo mundo me avisou que ia estar lotado, mas eu sou insistente... ruas estreitíssimas lotadas, fila pra tudo, engarrafamento de carro, nada era tranquilo, muito barulho, achei tudo muito tenso.
Com certeza por causa da época, mas enfim. Começou pelo barco que fomos, quase metade das pessoas desceu no mesmo lugar que a gente, e aí já começou aquele fuzuê de gente.
No século 19, St-Tropez não atraiu os turistas que vinham de longe e enfrentaram horas e horas de viagem pra chegar ali porque a cidadezinha fica voltada para o norte e aí não é bem protegida no inverno. Ao invés disso, pintores e escritores fixaram residência e com a arte começaram a atrair gente famosa ao local.
A reputação de St-Tropez passou a mudar até personalidades modernas como Brigitte Bardot e Sacha Distel darem as caras. Turismo em massa começou a acontecer em St-Tropez, principalmente por uma chance de ver uma celebridade de férias em seu super iate ou super lancha ali por perto.
St-Tropez hoje é uma das praias mais badaladas do mundo, com cafes e bares de luxo, e até áreas de praia reservadas onde os donos fazem festas e topless. As melhores praias entretanto ficam meio fora da cidade, e nós não tivemos tempo de conhece-las. A ideia de conhecer St-Tropez foi muito legal e válida, eu nunca saberia como realmente é se não tivesse ido, mas com o monte de gente, não achei confortável pra passar o dia inteiro, então ficamos só até o meio da tarde e fomos aproveitar o resto do dia do meu aniversário em Cannes! Que eu conto no próximo post.

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