Vaduz

Vaduz é a capital do principado de Liechtenstein. Tem apenas 5 mil habitantes e é lá onde mora o príncipe Hans Adam II e sua família, num castelo no alto de uma colina, bem no centro da cidade. Li de novo essa frase que acabei de escrever e parece início de história de conto de fadas. Ora, sério mesmo, Liechtenstein seria o cenário ideal para uma.
Vaduz não é muito grande. De Sargaans, ainda na Suíça, o ônibus verde e amarelo de Liechtenstein demora só vinte minutos para chegar ao centro da cidade. Vaduz é conhecida pelos nativos por "Staedtle", ou "cidadezinha", em Alemão. Curiosamente não é a maior cidade do país, esse cargo é de uma cidade chamada Schaan. Vaduz é mesmo minúscula, porém coeerente aos padrões de um país de 160km quadrados.
O turismo ali se resume a rua principal da cidade, que vai da catedral St Florin, (essa em restauração da foto aí em cima), logo antes da praça onde fica o prédio da sede do governo, (essa da foto abaixo), passa pelo museu nacional, o centro de informações turísticas, acima a colina onde fica o castelo do príncipe meio que surreal mesmo, continuando com restaurantes e lojinhas de souvenir, a prefeitura a esquerda e pronto, acabou o centro.
É sério, é basicamente isso. Além disso é só mais casas e comércios menores do dia a dia. Era um sábado e fazia sol, não estava frio e mesmo assim a cidade não estava lotada de turistas. Dava pra andar tranquilamente, não tinha fila pra nada, o que é totalmente contraditório quando se fala em qualquer capital europeia num dia agradável de primavera.
A paisagem ao redor de Vaduz, não posso deixar de falar, é também um encanto. Cercada de alpes com neve no topo das montanhas que nem são muito longe não. Dá pra ver bem nas fotos que Vaduz é bem limitada e self contained, mas é uma graça. Toda arrumadinha, não tem uma pedra do chão fora do lugar.
Outra coisa que não posso deixar de falar também são os preços. Talvez seja esse o motivo de ter pouca gente fazendo turismo. Tudo muuuuito caro. Se a Suíça é cara, Liechtenstein é ainda mais cara. Não é o dobro do preço, mas coloque uma média de 3-5 francos a mais nas coisas, é por aí. Em qualquer coisa. No menu do almoço, nos souvernirs, no cachecol da loja que tem igual na Suíça... e isso no final total faz a diferença.
Um país assim de fato fica difícil atrair turistas. Só quem tem mesmo muito dinheiro. E se hospedar nos hoteis por lá? Nem comento.
Não é a toa que o relógio público na rua principal da cidade que marca as horas do país é nada mais nada menos que um Rolex né. Altamente fino. Puro luxo.
Bom, mas apesar de todos esses porems e ostentação, o passeio foi bem simples, em conta e agradável. Nem sempre é legal também viajar pra fazer um passeio tranquilo e se deparar com centros lotados de gente que não tem nem espaço direito pra voce andar. Especialmente com Edi! Então achei isso até um ponto positivo. E sobre os preços, paciência. Um dia almoçando mais caro não vai me levar a falência também.
É verdade que é difícil alguém estar de turismo na Europa e fazer questão de conhecer Liechtenstein, porque o país não tem um landmark assim, uma coisa must know que voce unbedingt tem que conhecer. Isto é, tirando o castelo do príncipe. Só que o castelo claro não é aberto a visitações porque a família dele mora lá e não tem como subir a não ser andando!
Entretanto, pra quem mora ou está de passagem mais longa por Zurique, 1 hora e meia não impede ninguém de nada, não é mesmo?

Eu gostei de conhecer Vaduz. Não seria um lugar que eu escolheria pra morar, com tanta dependência da Suíça como falei no início, melhor morar na Suíça mesmo. Embora sim, pra quem faz esportes de inverno por exemplo, os alpes parecem bem bacana. Mas de novo, pra passear é uma boa pedida, afinal é mais uma história, mais uma cultura e mais um país visitado.

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