Polônia

A Polônia era um país que já estava na minha lista há bastante tempo. Quando eu engravidei do Edi em 2012, tinha planos para conhecer a Rússia e a Polônia naquele ano. Não deu. Quase fui com um grupo de amigos quando estava grávida para a Polônia, mas desisti da viagem porque ne, nao tava no clima. Aí ano passado eu em casa de bobeira (mentira, raramento to de bobeira em casa, mas um dia quando estava lendo meus emails), recebi um email de promoção de passagem pela Swiss. Ida e volta para Cracóvia por menos de 100 francos. Tipo foi meio que impulso e subconsciente... Comprei a minha e a de Edi para Junho do ano que vem (2015) e pronto.
Já tinha guia em casa, poderia ter sido uma viagem mega organizada, porque tinha tempo suficiente para planeja-la.... se eu não tivesse esquecido dela. Ora tanta coisa, casa nova, emprego novo, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, simplesmente foi passando batido. Quase isso. Faltando pouco mais de 1 semana pra viagem, recebi um reminder no meu email tipo "Tudo pronto para sua viagem a Cracóvia, Liana?" .... tipo... HAHAHAHAHAHA!!! Resposta: Nãããããoooo!!!!! Me deu um surto assim tipo caraca, já é agora e eu nao organizei nada. Quando comprei a passagem, pensei que tinha tempo suficiente para organizarm, combinar com alguém de ir, sei lá. Mas não fiz nada. Eram as minhas passagens e a de Edi somente.
Então lá fui eu me preparar para mais uma viagem de fim de semana prolongado de última hora. Sem saber muito da história, tirando o clichê Cracóvia-Varsóvia-Auschwitz, não deu tempo de me preparar, ver tour, organizar passeio, separar o que ver, nada. E era só Cracóvia mesmo. A Cracóvia fica longe de Varsóvia e não dá pra fazer bate e volta. Então fui meio que deixando a expectativa me levar e descobrir a cidade na hora mesmo. Até eu mencionar o assunto mal planejado no Snapchat (me sigam! usuario: elaeamericana) e uma leitora entrar em contato comigo dizendo que estava também de viagem marcada para a Polônia naquele mesmíssimo fim de semana!
A Adriana mora na Itália e viaja pelo mundo afora. Trocamos algumas mensagens e vimos que estaríamos na Cracóvia em alguns mesmos dias. Fui paralelo buscando um hotel próximo ao centro, tipo o mínimo eu tinha que fazer ne. E lá na confirmação da reserva do hotel mesmo já sugeriram tours por Auschwitz e Birkenau e na minha cabeça a ideia de ir com Edi não batia com um passeio pelos campos de concentração.... mas minha vontade de conhece-los e a persuação da Adriana me convenceram e eu fechei os tours...
Fortes emoções! Muita coisa pra contar por aqui! Tipo, não sei se tenho mais idade pra isso, de estar organizando viagem de última hora com meu filho de 2 anos e pouco a tira colo, e ainda o carregando para tour em campo de concentração. Pensei, pensei, pensei melhor... quer saber? Se não, quem? É nois! Me achei o máximo. Fui, e fui com um certo receio mesmo, não nego, misturado com empolgação e orgulho e satisfação, tipo um mix de emoções. E depois que aconteceu, vi como valeu a pena tudo: a viagem, os passeios, os tours, conhecer a Adriana, tudo, tudo, tudinho da maneira que foi, foi uma viagem perfeita, no final deu tudo certo!
Foi um fim de semana prolongado de sexta a segunda-feira na Cracóvia. Voamos Zurique-Cracóvia, que dura menos de 2 horas. Ficamos no Hotel Wielopole, que tropeçaram um pouco na organização, mas com uma ótima equipe de funcionários, fez a estadia valer a pena e eu recomendo a estadia lá. Para não sair do costume, quero escrever algumas informações gerais sobre a Polônia, e não só sobre a minha preparação pra ir até lá.

Sobre a Polônia
A Polônia ainda não é um dos países mais visitados na Europa. No entanto, sobe o número de turistas que vai até lá a cada ano. Fazendo fronteira com a Alemanha, República Tcheca, Eslováquia, Ucrânia, Bielorrússia e Lituânia, a Polônia já é leste europeu e é um dos países mais baratos para viajar. Além de paisagens lindíssimas do interior do país, a cultura e história do país é o que mais atrai visitantes.

As principais cidades são Cracóvia e Varsóvia, sendo esta última, a capital do país. Com quase 39 milhões de habitantes, a vasta maioria do povo polonês é católica, e isso é bem fortificado pela atuação do Papa João Paulo II que é adorado por todos e isso é claramente notável na Cracóvia, cidade grande mais próxima da cidade natal do papa, Wadowice.
A dominação russa, prússia e austríaca deixou suas marcas pelas cidades e na mentalidade das pessoas. O comunismo lá caiu em 1989 e a súbita instalação da democracia trouxe vários problemas de estabilidade na economia ao país. Muitas indústrias polonesas foram privatizadas, reformas drásticas tiveram que ser executadas para acelerar a produção no mercado, e ao fim dos anos 90, a Polônia resistia firme à crise. O desemprego por lá ainda é alto, mitigado por trabalho ilegal e tudo isso gera um grande problema social.
Apesar de tantos problemas, em 2004 a Polônia entrou na União Europeia e o sistema econômico do país recebeu mais incentivo à mudança política. Prédios antigos foram reformados, atenção começou a ser dada ao meio ambiente, e as principais cidades foram modernizadas. Mesmo assim ainda é grande o número de pessoas que saem de lá e vão para países mais desenvolvidos da Europa para tentar uma vida melhor, como Inglaterra e Alemanha. O Euro não é moeda lá, e sim o Zloty Polonês (PLN).

Mas não tem como negar, a Polônia é sim conhecida pela sua aliança ao regime nazista através do Pacto Molotov-Ribbentrop, firmado às vésperas da 2a Guerra Mundial entre a Alemanha Nazista e a União Soviética, e através dele ficava acordado 5 anos de paz entre a Alemanha nazista e a União Soviética e a invasão à Polônia.
Mais de 6 milhões de de cidadãos poloneses perderam a vida durante a Guerra. O país tinha um grande número de judeus antes da guerra, que não resistiram ao Holocausto. Estima-se que 3 milhões de judeus viviam na Polônia antes da guerra e apenas 300 mil sobreviveram, seja se escondendo ou fugindo. Eu vou ter que me preparar bem para escrever o post sobre a visita a Auschwitz que foi bem complicada...

Hoje a Polônia tem a 8a maior população da Europa, é um país relativamente extenso, em comparação a outros países europeus. Brasileiro não precisa de visto para entrar na Polônia e pode ficar assim lá por 3 meses. Foi uma viagem muito interessante que eu finalmente vou contar aqui mais detalhes. Próximo post contarei mais detalhes sobre a Cracóvia com muito mais fotos. Aguardem!

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