P.D.F. - Cachorros em locais fechados? Sim.

Já faz um tempo que eu tava querendo escrever outro P.D.F. aqui no blog e só lembro quando estou longe do computador e depois não lembro mais.

Desta vez agora vou falar sobre cachorros em locais fechados. Sim, por que não? Aqui na Europa é super comum entrar com cachorro em quase todas as lojas da cidade, restaurante. Já em supermercado e banco não pode.

Bom, aqui os cachorros são muito bem respeitados e aceitos pela sociedade. Também são muito bem educados, é verdade. Nunca entrei num restaurante que tivesse um cachorro subindo na mesa, pegando comida ou mal comportado. A maioria dos cães aqui são adestrados, quando não por adestradores profissionais, por seus próprios donos. Então é muito comum ver cachorro solto na rua também, caminhando com seu dono, mas solto, obedecendo aos comandos do dono. Eu particularmente não curto essa de andar com cachorro solto. Por mais bem adestrado e educado que o cachorro seja, é cachorro, não pensa, se vir alguma coisa que o assuste ou ameace, ele pode passar por cima das regras que aprendeu e ser agressivo. Por isso sempre que estou andando com Juca e vejo um cachorro solto, eu encurto a coleira do Juca, e espero o cão passar. Quando é cão grande, pego Juca no colo, porque já aconteceu de um pastor alemão estar solto e vir correndo atrás de Juca, imagine o meu desespero...
















Em ambiente fechado, cães de qualquer tamanho entram tranquilamente. Algumas vezes já fui andar com Juca dia de sábado, estiquei o passeio até a cidade, passei pela H&M, a vitrine me chamou a atenção, e eu entrei com Juca e tudo na cabine. Sem problemas. Se bem que ainda não estou 100% acostumada com essa ideia. Uma vez estava na Zara e dei de cara com um cachorrão mutante gigantesco lá parado esperando a dona escolher roupa... levei o maior susto, embora o bichinho não tenha me feito nada.

Em restaurantes, normalmente até trazem um pote com água pra perto da mesa. Entretanto, nunca vi ninguém dar restos de comida em público. No máximo, um pedacinho de pão. O Juca só come ração, não o impede de ficar encarando quando eu tô comendo, mas nunca dou comida de gente pra ele.

Quando vou ao mercado ou ao banco ou ao correio e estou com Juca, o prendo na entrada e deixo ele lá fora enquanto eu vou e volto rapidinho. Já vi inúmeras vezes cães super comportados do lado de fora presos esperando seus donos, mas o Juca ainda está se acostumando com essa. Se eu demoro mais que cinco minutinhos, já começo a escutar lá de dentro ele chorar. Aí corro, saio, e ele tá lá morrendo de alegria porque eu não o abandonei.

No trem e no tram, cachorro até 30cm de altura não paga, então o Juca não paga. Para cachorros maiores que isso, pagam sempre meia tarifa da segunda classe. Mas assim como existem passes para gente, existem também passes de trem para os cachorros. Abonamento mensal, anual, enfim, cachorro também tem direito. Mais detalhes aqui.

E, finalmente, para entrar em museus e praças, é preciso prestar atenção e procurar se informar antes. Nem sempre é permitido. Nas piscinas daqui, não é permitido. Mas em parques, é. No rio também. É super comum ver gente levando o cachorro pra tomar banho e nadar no rio Aare.

Quando eu fui a Bellizona no final do ano passado, no Ticino, parte italiana da Suíça, pra conhecer mesmo, levei o Juca comigo e ele entrou sem problemas nos castelos e fez turismo junto comigo sem maiores preocupações.

Uma das razões pelas quais eu insisti tanto em trazer o Juca pra morar aqui na Suiça comigo - claro, ele já morava comigo há 6 anos em Recife - mas foi também poder curtir esses privilégios e usufruir da infra-estrutura que o país oferece para animais. O bichinho também merece!

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