Srirangapatna

Eu espero vai, tenta aí de novo falar esse nome: Srirangapatna.

Bom, Srinrangapatna foi uma parada estratégica no sábado quando estávamos a caminho de Mysore. Como a viagem de Bangalore a Mysore são alguns cento e poucos quilometros mas a viagem demora hooooras, o guia sugeriu pararmos em Srirangapatna, que na verdade já é bem perto de Mysore.
Essa cidade com nome fácil de pronunciar é o que restou da capital do sultanato de Tipu, do século 18. Tipu foi o governante muçulmano de Mysore no século 18 e ficou conhecido por suas audaciosas campanhas militares. Ficou por isso conhecido como o tigre de Mysore. Hoje a cidade é uma cidade de interior na India e não atrai tantos turistas quanto deveria.

O palácio de verão da família real hoje é um museu aberto a visitas, no meio de um jardim enorme e lindo, o parque Daria Daulat.
De novo não era possível tirar foto dentro do palácio que visitamos, mas o interior é todo decorado em extremos detalhes, pilares desenhados encenando as lutas e vitórias em batalhas contra os britânicos, murais com pinturas até o teto, tudo muito interessante de ver.

Talvez fosse porque a gente tinha passado muito tempo já dentro do carro e estávamos cansados e claustrofóbicos, mas ficamos um tempãão lá nesse parque em pé ouvindo as explicações do guia debaixo de um sol escaldante, mas sem reclamar. Tava tudo tão agradável, o passeio tinha acabado de começar e tava todo mundo de bom humor e disposto. De lá, ainda em Srirangapatna, fomos conhecer um templo hindu antigo e bem conhecido na cidade, o Sri Ranganathaswamy. Outro nome bom pra ficar tentando pronunciar direito.
Apesar do rei de Srirangapatna ser muçulmano, o nome da cidade vem desse templo, que é de origem vaishnavism, uma ramificação do hinduísmo, vamos dizer. Eles adoram o deus Vishnu. E este templo é dedicado ao deus hindu Ranganatha, uma das manifestações do deus Vishnu. Olha, é difícil, viu, a pessoa tem que fazer um curso pra entender esse monte de deus hindus, diferenças dos significados, etc etc etc e tal.
O templo foi erguido no século 9 e é um dos mais importantes do sul da India.
Quando a gente chegou lá tinha acabado de acontecer uma celebração de alguma coisa, alguma adoração que eu não entendo, então tinha MUITA gente, muito indiano e tava uma loucura pra andar. Não vi nada da celebração lá, terminamos passando pouquíssimo tempo, nem entramos no templo, porque é aquela agonia: tira sapato, deixa camera, deixa celular, ser revistado. E nossa prioridade era seguir para Mysore. Então só demos uma volta ao redor do templo mesmo, tiramos umas fotos, comprei uns cartões postais e já fomos voltando.
Não sei se é porque eu não sigo a religião hindu ou simplesmente sou ignorante mesmo no assunto, que não foi nem o templo que me impressionou nessa rápida visita a Srirangapatna. O que me impressionou foi a movimentação ao redor. A quantidade de gente é sempre impressionante, mas o monte de vendedor ambulante assim no chão mesmo ou vendendo até algodão doce. Achei muito legal poder estar tão perto do povo assim andando na rua, porque a gente ficava sempre dentro do carro e só saía já na porta do lugar que iríamos visitar. E aí não, aí tivemos a chance de bater perna um pouco, então foi muito bacana esse contato mais próximo na rua.
Me lembro até do vendedor de cartão postal, um rapaz bem simpático que ficava dizendo que sabia todas as capitais do mundo e me mandava dizer um país e ele sabia a capital. E sabia mesmo! Arrisquei Brasil e Suiça e ele acertou. Comprei os cartões postais só por causa disso!
Mesmo super rápida a visita a Srirangapatna merecia um post porque foi muito especial e interessante. Aliás, o que não foi interessante nessa viagem a India ainda to pra descobrir.

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