Cannes

Falar em Cannes, voce já lembra logo do festival de cinema, ne. Pois é. Fora isso, eu tambem era leiga no que a cidade teria a oferecer de diferente das outras, mas mesmo assim, colocamos Cannes no nosso roteiro pela Cote d'azur. Mal não ia fazer.
E que mal o que! De todas que visitamos - Nice, St-Tropez, Monaco, Monte Carlo e Marselha, foi a que eu mais gostei. Eu A-DO-REI Cannes. Não somente porque era verão, mas um clima tão bom, uma atmosfera tão boa, ainda por cima era meu aniversário, andavamos eu e o Eric tão curtindo tudo que víamos, que lá mesmo, até meio que fiz uma promessa pros meus 30 e poucos anos, que seria almejar morar em Cannes quando ficasse mais velha.
Um desejo ambicioso e tanto. Mas não me culpem... Que cidade fenomenal. Um ar de praia, ao mesmo tempo, um que de cidade de negócios, sofisticada, com prédios lindíssimos, mas uma tranquilidade enfim tudo que se tem direito. E melhor também: a praia é de areia, não é de pedra! Fiquei encantada por Cannes. Não sei, achei tudo de muito bom gosto, tudo muitíssimo bem cuidado, organizada e ainda assim, com jeitinho de cidade de passar férias. Deve ser um sonho morar ali.
Eric disse que era exatamente isso: um sonho. Pra ele, a cidade pareceu de conto de fadas, uma cidade cinematográfica da Disney, só que... não é! É tudo real! Fizemos um passeio de trenzinho pra conhecer mais da cidade e partes mais afastadas e aí foi que vimos mesmo o surrealismo de viver ali. Não é aquela extravagância exagerada de Monte Carlo, nem a badalação do momento de St-Tropez, muito menos o clima de férias constante por todos os lados de Nice. Sim, tem sim carrões pra lá e pra cá e casas de milhões de euros, mas Cannes pra mim tinha de tudo um pouco, e esse equilíbrio me chamou muitissimo a atenção porque eu nunca tinha visto nada parecido.
Foi o lorde Brougham, chanceler britânico, que deu importância a Cannes, quando visitou a cidade em 1834, impossibilitado de chegar a Nice devido a um surto de cólera. Tomado pela beleza e clima ameno do lugar, quando era apenas uma aldeia de pescadores, construiu ali uma vila. Outros estrangeiros fizeram o mesmo e Cannes passou a ser um importante balneário.
Não visitamos igrejas, cidade velha nem museus, que deve valer muito a pena, mas por causa do clima e do mood que estávamos, nos resumimos a área da praia, e até entramos no Casino, onde infelizmente não podia tirar fotos.
Cannes guarda muitas histórias e fatos que são lembrados pela população e pelos guias de turismo. O forte da Île Sainte-Marguerite, por exemplo, que fica próximo da costa de Cannesa, é o local onde o misterioso Homem da Máscara de Ferro foi preso. No passeio de trenzinho, passamos por bares frequentados pela celebridade X e Y, lá longe vimos a casa do dono da Lacoste, ali não sei mais o que, e por aí vai.
Se um dia eu vou morar ali, eu não sei. Mas que é algo para se motivar, ô se é. Uma aposentadoria em Cannes não me faria mal.

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