Moscou - Parte 2

Não que minha intenção seja sugerir um roteiro do que fazer em Moscou. Eu não sou guia turística não, eu normalmente faço posts dos lugares que visito dando um pouco de contexto histórico e citando os detalhes dos lugares que visitei, ou dando sugestões do que li por aí, com recomendações ou não. Eu gostei tanto do que vi em Moscou que comecei escrevendo o post passado e quando vi já tinha falado tanto da cidade e não tinha falado nada ainda do que de fato eu tinha visitado.
Assim é bom porque fica aí o registro da minha viagem pra quem quiser ler e também como dica de quem for um dia lá. Mas bem, como eu disse, Moscou é aquela coisa monstra que não dá muito bem pra ver tudo num dia só, muito menos fazer tudo caminhando porque a cidade é enorme e as distâncias entre os pontos são grandes. O trânsito em Moscou é consideravelmente ruim na hora do rush mas como não dá pra turistar de helicóptero ainda (hahaha...), a guia que eu organizei foi de carro mesmo. (As dicas práticas e das guias que contratei tanto em Moscou quanto em São Petersburgo estão neste post).
As igrejas que visitei foram as catedrais que falei no post passado: a Catedral de Cristo Salvador e a de São Basílio, porém visitei também um convento, o Convento Novodevichy, que falando assim pode até parecer meio "dã" ir visitar um convento, mas calma, ele tem sua importância e faz parte dos pontos turísticos mais visitados da Rússia.
Para início de conversa, é na frente do Convento Novodevichy onde tem o lago que inspirou Tchaikovsky a compor o "Lago dos Cisnes" (esse da foto aí acima), se você não conhece, é um clássico, ouça aqui. O Lago, cá pra nós, não tem nada demais. Pelo menos hoje não achei nada demais, está lá rodeado de prédios e fábricas, um parque por perto e do outro lado o convento. Mas enfim. É lá perto também onde está o cemitério do convento onde estão enterrados ícones russos como Boris Yeltsin, Molotov, etc.
Tudo muito sinistro, ok. Mas vamos ao convento. O Convento Novodevichy foi fundado em 1524 e teve diversos propósitos ao longo da história. Serviu no passado de fortaleza, hospital militar, e o mais incrível de tudo é que ele se mantem intacto desde o século 17 e em 2004 foi tombado como patrimônio mundial da Unesco. 
Para visitar o interior é preciso pagar (não lembro mais quanto paguei), vale a pena mas não se gasta muito tempo lá. Dentro do convento há várias igrejas antigas em estilo ortodoxo russo, mais uma catedral, eu entrei em algumas e pronto, pra mim, estava visto. A muralha que cerca o convento é parecida com a do Kremlin sendo branca, e lembra como costumava ser a muralha do Kremlin, quando ela também era branca, ao invés de vermelha, como é atualmente.
Seguindo nosso passeio, voltamos para o carro e fomos passeando por Moscou, em direção ao imponente prédio da universidade de Moscou, fundada em 1755, que é realmente impressionante. O dia estava nublado e as nuvens cobriam o topo do prédio, de tão soviético que ele é. 
Logo na frente da rua deste prédio há um grande mirante, de onde se tem uma vista linda da cidade de Moscou, de novo se não fosse a névoa e a poluição, eu conseguiria ter visto mais. Mas valeu a pena mesmo assim.
Depois fomos a Praça da Vitoria ver de perto o monumento que centraliza a área do museu a ceu aberto dedicado a vitória da Rússia contra Napoleão, com tanques e veículos usados na 2a Guerra. É uma das áreas mais conhecidas de Moscou e tem uma importância estratégica, digamos. De novo, tudo muito grandioso e espaçoso. Ao redor um parque enorme, bonito e tranquilo.
Passear por Moscou é tanta, mas tanta informação que nossa, tem que ir devagar pra conseguir assimilar tudo. O valor cultural dessa viagem é tão alto que eu espero poder voltar lá um dia pra rever essa aula de história. Tudo para terminar na Praça Vermelha, onde nosso passeio havia começado. A Praça Vermelha é um ponto a parte, o ponto mais importante de Moscou provavelmente, assim como o Kremlin que lá dentro está. Mas isso eu vou deixar pra contar num post separado, porque senão esse post vai ficar mais um post mega extenso que ninguém vai ter saco de ler todo.

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