Zagreb

Como eu falei no post introdutório sobre a Croácia e a Eslovênia, não foi dessa vez que conheci tudo que a Croácia tem pra ver. Aliás, tudo não vou ver nem tão cedo, mas pelo menos as cidades mais populares. A viagem à Croácia até a nossa chegada na Eslovênia ainda era incerta. Distância e clima eram os principais motivos da dúvida.
Mas como também já contei lá, 4 dias na Eslovênia parecia demais. Aliás, não era nem isso, mas as outras cidades para conhecer além de Ljubljana e Bled exigiriam muita mão de obra. Conhecer as cavernas de Postojna com um carrinho de bebe não é assim a coisa mais prática do mundo. Então pela distância, que ora parecia longa, ora parecia curta, mas que avaliando os benefícios, terminou sendo curta, e pelo clima que surpreendeu a previsão de chuva, consegui incluir a passagem por Zagreb no roteiro.
É, 2 horas e 20 minutos de trem pra ir mais 2 horas e 20 minutos de trem pra voltar não é necessariamente o que se chamaria de "curta distância". Acordar mega cedo, enrolar Edi no trem esse tempo todo, andar pra cima e pra baixo pra voltar no fim do dia, mais 2 horas e 20 de trem pra voltar, mais enrolação e chegar exausta. Bem, o que posso dizer.... Sou dessas.
Ainda bem que minha mãe é também, porque olha, acho que não era qualquer um que aguentaria o rojão. Mas como a viagem a Eslovênia estava tranquila até demais com Bled e Ljubljana, não custava nada acelerar um pouquinho num dia e descansar no dia seguinte.
Afinal, a vantagem era conhecer a Croácia!
Croácia, o que eu sabia sobre ela?
Só me vinha na cabeça a bandeira com quadradinhos azul e vermelho. Lá fui eu de novo atrás de guia e blogs de viagem e me preparar pra um talvez-quem-sabe bate e volta até Zagreb.
Bom, eu sabia também da fama das praias maravilhosas na costa do Adriático, mas de novo, não seria dessa vez. Muito se ouviu e falou sobre a Croácia no ano passado quando o país entrou para a União Europeia. A impressão que eu tinha era que a Croácia era um "falso" país do leste europeu, ou um leste mais ocidentalizado.
Os croatas penaram um pouco para conseguir sua liberdade do domínio turco. Bom, tudo vinha muito bem com o império húngaro-croata e sucessor depois de sucessor no comando, até um rei húngaro morrer sem deixar herdeiros, o que deixou o espaço aberto para a invasão dos sultões no século 14. Mas depois daí teve muita história e conflitos em busca do domínio do território croata, revoltas austro-húngaras e influência italiana falaram alto, principalmente pela distância do país.
Depois da 2a guerra mundial, quando a Sérvia se rebelava em mais uma mini guerra atrás de formar o que foi a Iugoslávia, a Croácia ficou presa e ocupada pelos servos por mais 5 anos, embora ainda depois disso, várias disputas territoriais continuaram acontecendo.
Hoje a Croácia é um país fascinante, com grande diversidade étnica, cultural e histórica, digna de reconhecimento. A sua capital Zagreb é o coração da vida cultural, econômica e política do país. A primeira impressão que tive ao chegar em Zagreb é que é tudo muito muito organizado. Uma cidade cheia de parques e praças bem cuidadas, com prédios enormes sediando galeria nacional não sei do que, museu nacional de não sei o que lá.
Não tive tempo de visitar museus em Zagreb, afinal só tínhamos 1 dia por lá. Então queria mais era explorar os arredores, sentir a vibe da cidade, aquela que parece conectar o leste com o oeste da Europa na Croácia.
Em algumas horas de andança, as ruas parecem uma Eslovênia bem cuidada. Em outras, uma Sérvia querendo ser reconhecida. De fato Zagreb tem muito o que se ver e visitar. Mais de 20 museus, 10 teatros, 300 bibliotecas. Uma voltinha na avenida principal saindo da estação central de trem isso é perceptível.
Isso até chegar na praça principal da cidade, a Trg Bana Jelacica, onde dali pra trás o centro histórico de Zagreb se inicia. Muito infelizmente não deu tempo de andar por todo o centro antigo, mas pude ter uma pequena boa impressão do que vi. Uma catedral gigante, um mercado de frutas, e ruas de pedestres daquelas que voce anda anda e não percebe que já andou tanto.
A famosa igreja de St Mark, aquela com o teto pintadinho de azul e vermelho eu não consegui ver. Logo chegou a hora de voltar e ficou pra próxima vez. Sim, porque como ja disse n vezes, não vi nem metade do que queria ver na Croácia e espero voltar lá em breve.
Agora os detalhes práticos do bate-volta da Eslovênia à Croácia de trem e o controle de fronteira e passaporte merecem um post exclusivo. Contarei em seguida. Esse post aqui, infelizmente como a passagem por Zagreb, vai ser curtinho.

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