Monaco

Até então eu tinha na cabeça que Mônaco era um país, e não entendia direito como funciona um país dentro de outro país, se faz ou não parte da França e tal. Com a viagem a Cote d'azur e a oportunidade de conhecer ainda mais do mundo, entendi mais ou menos como funciona a tal da cidade-estado.
Bom, sendo curta e grossa, assim como o Vaticano, Monaco é uma cidade minúscula que se transformou em país, e é politicamente autosuficiente. Outros exemplos pelo mundo de cidade-estado mas que não posso falar muito porque nunca estive, são Hong Kong e Macau, na China. Eu acho super interessante conhecer esses lugares países menores diferentes da normalidade como Luxemburgo tambem, porque sempre tem alguma coisa nova a descobrir. As pessoas que moram nesses lugares são em grande maioria imigrantes e uma fatia minúscula hoje em dia é realmente original de Monaco.
Mônaco fica na França mas é independente, tem seu próprio e autônomo governo. A apenas 13km de Nice, onde era nossa cidade base, a cidade-estado tem menos de 40 mil habitantes em uma área de menos de 2km quadrados, fazendo com que seja o segundo menor, e o país mais densamente populoso do mundo.
Mas um dos motivos que faz Mônaco chamar a atenção mundo afora é pela sua monarquia constitucional e Casa de Grimaldi, que é descendente da dinastia de Grimaldi, uma nobre família aristocrática de Genova que impera ali há mais de 7 séculos. Um ramo dessa família tornou-se a casa principesca soberana do principado de Monaco. O atual soberano do principado e chefe da Casa de Grimaldi é chamado Sua Alteza Sereníssima, o príncipe Alberto II de Monaco, filho único do príncipe Rainier III de Monaco e da atriz Grace Kelly. Não tanto como a inglesa, mas uma família real é sempre motivo de atenção e a de Mônaco segue a tradição. Seja pra conhecer o Palácio Real que oferece visitas diárias, ou ver de perto o luxo do país minúsculo, carrões ou iates monstruosos, a visita super vale a pena.
O país sobrevive basicamente de turismo, é conhecido mundialmente pelo seu circuito de fórmula 1, o Grande Premio de Monaco que acontece em maio, e o seu "bairro" mais famoso, Monte Carlo, toma conta do resto. Sobre Monte Carlo é claro que eu conto depois, mas isso aí já movimenta bastante o setor imobiliário, por exemplo. Sem falar nos hoteis, restaurantes, cruzeiros, atividades. A cidade parecia que estava em festa. Monaco também é conhecido como "paraíso fiscal" onde os investidores não pagam imposto de renda, e o custo de vida lá é um dos mais caros do mundo. No entanto, de novo, não achei caro fazer turismo em Monaco. A moeda é o Euro, mas estávamos hospedados em Nice, então sobre acomodação não posso falar. Mas comida, transporte, souvenirs, tudo dentro do esperado. Aliás, pra ser sincera, confesso que achei o preço dos souvenirs um pouco mais alto que no resto da Cote d'azur sim. De resto, tudo igual.
Eu e Eric chegamos lá vindo de manhã de Nice de trem num instante, e apesar de a estação central Monaco-Monte Carlo ser meio confusa no meio de rochas e tuneis que demora-se até entender onde vai dar, ficamos andando um tempo meio perdidos babando nos prédios monstruosos e nos carrões na rua até nos situar. Andamos tudo a pé em direção ao Palais Princier, onde em pouco tempo estaria acontecendo a troca da guarda. E ali passamos váárias horas...
Não é uma troca da guarda pomposa como no Palácio de Buckingham, em Londres. Tá mais pra troca da guarda em Estocolmo, Copenhagen e Praga, mas talvez porque fosse verão e férias, o público estava pareo.
Um calor imenso, suor escorrendo no corpo, muita água, mas uma voltinha era suficiente pra não reclamar de nada disso. Que vista sensacional, e que espetáculo de micro país. A orla principal da cidade onde subindo a promenade chegamos a Monte Carlo é um passeio que deve se fazer devagar. É tanto prédio luxuoso e tanto iate bacana, ainda com a fortaleza dos Grimaldi lá no topo num dia ensolarado como o que tivemos sorte de pegar, nossa, não precisa mais de nada.
O resto do nosso dia se resumiu a apreciar por mais algumas horas essa vista espetacular; como era de se esperar, Eric ficou seco pra dar um mergulho no mar, e ainda encaixamos uma visita ao Oceanário que merece um post exclusivo, antes de mergulhar na realidade paralela de Monte Carlo que eu conto depois.

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